Richemont, controlador da Cartier, decepciona em vendas, com fraqueza na China

Até o fim de setembro, a queda anual foi estimada em 1%, abaixo da previsão de analistas

Richemont, controlador da Cartier, decepciona em vendas, com fraqueza na China

A Richemont, grupo suíço controlador da joalheria Cartier, sofreu queda nas vendas do segundo trimestre fiscal em meio à fraca demanda no mercado chinês, em especial por seus relógios de luxo, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira, 8.

As vendas no trimestre até o fim de setembro totalizaram 4,81 bilhões de euros, representando queda anual de 1% pelo conceito de taxas de câmbio constantes.

O resultado ficou abaixo da previsão de analistas, de 4,95 bilhões de euros, segundo consenso da Visible Alpha.

Por volta das 9h10 (de Brasília), a ação da Richemont tombava 4,6% na Bolsa de Zurique. Em Paris, empresas francesas do setor de bens de luxo acompanhavam o movimento, caso da LVMH (-3,2%) e Kering (-6%).

Crise imobiliária na China

O mercado imobiliário da China estabeleceu um recorde indesejável logo no início deste ano. O preço das casas usadas nas grandes cidades do país caiu 6,3% em fevereiro, a pior queda mensal desde que o governo começou a divulgar dados em 2011. A crise reflete em toda economia chinesa.

Isso fez parte de uma queda generalizada dos preços em todo o país e mostra que a dolorosa crise imobiliária da China não tem dado nenhum sinal de perder força.

A desaceleração imobiliária que durou anos causou enormes danos à economia, reduzindo os negócios das empresas de construção e outras empresas que prosperaram durante o boom imobiliário. Pequim, então, tomou medidas para enfrentar o medo do setor, incluindo pressionar os bancos a emprestar mais a empresas em dificuldades e facilitar a compra de casas pelas pessoas. Mas o último declínio poderá encorajar o governo a ir mais longe, disse Zhaopeng Xing, estrategista sênior para a China da ANZ.

Com informações de Estadão Conteúdo (Sergio Caldas / Dow Jones Newswires)
Imagem: Shutterstock

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