Apesar de os smartphones apresentarem um crescimento estável na comparação ano a ano com relação à participação no tráfego e nas receitas, as conversões não foram altas o suficiente para compensar a queda no uso de tablets e computadores. É o que aponta o relatório Insights Digitais do Varejo em Dispositivos Móveis – 2016, da Adobe.
O levantamento mostra que o tráfego em smartphones para sites de varejo teve um crescimento de 33% na comparação ano a ano. Porém, o tráfego médio total permaneceu o mesmo devido à queda do tráfego de 6% em tablets, e de 10% em computadores. Mesmo que a compra via smartphones represente um aumento de 65% na receita ano a ano, no geral, a receita advinda das vendas online teve um aumento de apenas 10% – isso sem levar em conta a queda de 2% nos tablets e computadores. As conversões em computadores são quase 3 vezes mais altas do que as conversões em computadores, e em tablets, quase o dobro.
Com grandes volumes de público presentes em smartphones, muitos varejistas têm a oportunidade de melhorar suas taxas de conversão por meio de experiências mais envolventes e criadas especialmente para dispositivos móveis. Os dados da Adobe mostram que, se as tendências atuais de tráfego e receita permanecerem as mesmas, o varejista comum pode perder até 11% de receitas potenciais nos próximos 14 meses.
“O carrinho de compras é uma página fundamental para fazer a conversão dos compradores, mas a experiência não foi otimizada para dispositivos móveis, o que fez com que muitos compradores comprassem menos ou abandonassem seus carrinhos completamente”, disse Tamara Gaffney, analista do Adobe Digital Insights. “É essencial que os varejistas personalizem melhor a experiência, para que os usuários se sintam incentivados a comprar mais em seus smartphones, usando tecnologias melhores de integração para criar uma experiência simples e prática nos aplicativos e nos navegadores”.
O relatório preparado pela Adobe sobre o varejo em dispositivos móveis é o mais abrangente e o mais preciso dentre os relatórios do segmento. Com base na análise de dados anônimos e agregados, a Adobe mensurou 80% de todas as transações online dos 100 maiores varejistas norte-americanos*.
*US$ 7,50 dólares de cada US$ 10 dólares gastos online com os 500 maiores varejistas americanos passam pelo Adobe Marketing Cloud. Este relatório tem como base a análise de mais de 290 bilhões de visitas a mais de 16 mil sites móveis, além de mais de 85 bilhões de inicializações de aplicativos. A pesquisa complementar é baseada em entrevistas com mais de mil consumidores norte-americanos.
Outras descobertas do relatório incluem:
– A receita por visita em smartphones foi 3,6 vezes menor do que nos computadores;
– No geral, os computadores permanecem como a principal fonte de renda para os varejistas, sendo responsáveis por 75% receitas totais e 59% do tráfego;
– Já os smartphones foram responsáveis por somente 16% das receitas totais com 32% do tráfego;
– A Adobe estima que as visitas para compras em dispositivos móveis vão superar as visitas em computadores pela primeira vez, com 53% em novembro e dezembro;
– Os compradores em smartphones têm carrinhos com uma taxa de sucesso menor;
– 26% dos carrinhos viram um pedido em computadores, mas somente 16% dos carrinhos viram um pedido em smartphones;
– A pesquisa mostra que 60% dos consumidores acham os smartphones menos úteis para encontrar os itens que desejam de forma eficiente, quando comparados aos computadores;
– Os consumidores disseram que acham mais fácil navegar nas páginas (30%) e que é melhor ver as imagens em uma tela maior (26%), sendo estes os dois principais motivos pelos quais eles preferem comprar no computador;
– O cemitério de aplicativos está cada vez maior. 60% dos aplicativos de varejo são utilizados menos de 10 vezes;
– O setor de varejo tem a maior taxa de abandono em comparação a outras indústrias, incluindo saúde (55%), mídia e entretenimento (54%) e serviços financeiros (54%);
– Com a chegada da temporada de fim de ano, 60% dos consumidores disseram que, em geral, planejam usar navegadores móveis em vez de aplicativos para fazer compras;
– Não adianta simplesmente ter um aplicativo.