Itapemirim começa a receber aeronaves para voos comerciais após Anac autorizar

Segunda aeronave da frota chegou neste domingo ao aeroporto de Confins

Avião da Itapemirim

Após obter autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar voos comerciais em todo o território nacional no início deste mês, o Grupo Itapemirim começou a receber aeronaves para suas operações no setor.

Em nota, a companhia afirma que a segunda aeronave da frota chegou neste domingo (9) ao aeroporto de Confins (MG). Em um primeiro momento, o Airbus A320 deve ficar em Confins para trâmites envolvendo o processo de importação. De lá, o jato seguirá para São José dos Campos (SP), onde receberá nova pintura e customizações. O Airbus A320 será configurado para 162 assentos.

A empresa já conta com uma aeronave da fabricante europeia. Com 15 anos de uso e capacidade para 180 passageiros, o jato realizou em abril os voos de certificação da Itapemirim junto à Anac.

O Grupo Itapemirim enfrenta processo de recuperação judicial e sua entrada no mercado de aviação comercial acontece em meio à maior crise da história do setor aéreo, diante dos efeitos da pandemia da covid-19 na demanda por voos no Brasil e no mundo.

Processo de recuperação judicial

O nascimento da empresa aérea, porém, ocorre sob desconfiança do mercado. Além de enfrentar uma recuperação judicial desde 2016 – cuja execução é alvo de questionamentos -, o grupo Itapemirim está no meio de uma disputa entre seu atual dono e o proprietário anterior. O plano de negócios da companhia também já mudou em pouco mais de um ano.

Quando dos voos experimentais, por meio de sua assessoria de imprensa, o grupo afirmou que, para contornar a crise do setor, seu projeto prevê um “serviço diferenciado aos seus passageiros”. “Em resumo, é a pessoa, o olho no olho, que vamos priorizar entre todos os colaboradores e os passageiros”, afirmou, em nota.

Em fevereiro do ano passado, no entanto, o presidente do grupo, Sidnei Piva, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que se trataria de uma empresa de baixo custo e que faria voos regionais. O modelo foi, então, questionado por especialistas, dado que as companhias de baixo custo precisam voar rotas de alta densidade, como Rio-São Paulo, para se pagarem.

Com informações Estadão Conteúdo (Juliana Estigarríbia)
Imagem: Divulgação

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