Setor de seguros arrecada 8,6% mais entre janeiro e agosto ante igual período de 2022

O mercado está otimista com a área de danos e responsabilidades: o crescimento projetado é de 14,3%

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De janeiro a agosto deste ano, os setores regulados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) cresceram 8,6%, e chegaram a uma arrecadação de R$ 253,77 bilhões. Os dados foram compilados pela autarquia, que supervisiona os mercados de seguros, previdência privada e capitalização no País.

Os seguros de danos cresceram 12,8% no período, com arrecadação de R$ 83,31 bilhões. Os seguros de pessoas, por outro lado, cresceram 6,9%, para R$ 141,37 bilhões em arrecadação, ainda de acordo com a Susep.

Os seguros de danos incluem ramos como o automóvel, enquanto os de pessoas contabilizam produtos como os planos de previdência privada VGBL. O desempenho mais moderado da previdência tem feito com que o mercado revise suas projeções de crescimento neste ano para baixo.

Na quinta-feira, 5, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), que representa as empresas do setor, divulgou que reduziu a projeção de crescimento do mercado neste ano de 10,1% para 9,4%. A revisão se deu justamente pelas quedas nos crescimentos projetados para o mercado de pessoas, que foi de 10,1% para 6,3%, e de previdência aberta, que foi de 7,7% para 6,1%.

O setor está mais otimista com o mercado de danos e responsabilidades: o crescimento projetado agora é de 14,3%, contra os 10,5% esperados anteriormente.

Onda de calor

A onda de calor, que aconteceu não apenas no Rio mas em boa parte do País, reforçou um dos temas principais da 38ª Conferência Hemisférica de Seguros (Fides), prevista há mais de um ano e que levou boa parte do mercado segurador latino americano ao Rio: o impacto das mudanças climáticas sobre o mundo e também sobre o setor.

Foi uma coincidência, mas uma coincidência que está acontecendo cada vez mais frequentemente”, disse o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira. “Fenômenos que aconteciam com uma certa frequência estão acontecendo com uma frequência maior e também com uma severidade maior.”

No continente americano, as perdas para as seguradoras com a mudança do clima são reais. No Caribe, tradicional rota de furacões, as mudanças na temperatura dos oceanos estão deixando as tempestades mais intensas. No ano passado, o furacão Ian, que passou pela região caribenha e também pela Flórida, nos Estados Unidos, se tornou o terceiro que mais gerou prejuízos na história: cerca de US$ 115 bilhões.

Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
Imagem: Shutterstock

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