As empresas de meios de pagamento vão lançar o chamado parcelamento do saldo total que os clientes devem no cartão de crédito, incluindo parcelas futuras. O objetivo do setor é reduzir o uso das linhas de crédito rotativo e de parcelamento de fatura, que têm juros e inadimplência altos.
A nova opção permitirá que o cliente refinancie toda a dívida que possui no cartão, unificando parcelas da fatura do mês e das próximas. O débito será dividido em parcelas de mesmo valor, com taxa fixa, definida por cada instituição, e prazo determinado.
Como vai funcionar o parcelamento do cartão?
Em um exemplo, o cliente que recorrer à linha poderá incluir na renegociação prestações futuras e ainda não vencidas de compras parceladas no cartão de crédito. O objetivo é evitar que se acumulem tanto as prestações da fatura do cartão quanto as dos produtos.
O setor acredita que, com a mudança e o novo parcelamento, conseguirá atender a clientes que hoje recorrem ao rotativo e ao parcelamento de uma só fatura quando não conseguem quitar todo o saldo do cartão de crédito.
Teto de juros de 100%
A nova linha é fruto das discussões que levaram à criação do “muro brasileiro”, o teto de juros de 100%, para o crédito rotativo e para o parcelamento de faturas. No ano passado, quando os debates aconteceram, entidades do setor propuseram que uma nova regra permitisse ao cliente refinanciar toda a dívida que possuía no cartão.
A criação do produto também resulta de um fórum para discutir temas do setor, formado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), pela Associação Brasileira de Internet (Abranet), pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), pela Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag) e pela Zetta. A Abranet comanda o fórum atualmente.
Os clientes poderão optar entre o parcelamento total e outras linhas, entre elas o próprio rotativo e o parcelamento de fatura. A nova linha também respeitará o teto de juros de 100%, e o cliente poderá liquidar as parcelas restantes a qualquer momento.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana).
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