Companhia conseguiu aumentar a receita líquida e quase atingiu o ponto de equilíbrio no último trimestre do ano passado. Ainda assim, não dá lucro
O e-commerce de moda Dafiti apresentou crescimento de 15,1% no ano passado, em relação a 2015. Ao todo, a companhia registrou R$ 1,259 bilhão em receita líquida.
O grupo tem operações na Argentina, Brasil, Chile e Colômbia e conseguiu crescimento maior do que o do setor no Brasil. Em 2016, o e-commerce brasileiro apresentou alta de 7,4%, segundo a EBit.
Consolidação
Os resultados devem-se à consolidação das marcas Kanui e Tricae, compradas pela Dafiti. Também devem-se à expansão das estratégias de marcas próprias da companhia.
Essa estratégia, diz a empresa, “otimizou os processos de atendimento ao cliente, logística e gestão, que resultaram em uma consequente redução de custos operacionais e na aceleração do desenvolvimento de plataformas tecnológicas”.
Hoje, o grupo opera sete marcas entre lojas virtuais e serviços de tecnologia: Dafiti, Dafiti Sports, Kanui, Tricae, DFT Stores, DFT Media e DFT Marketplace.
O desenvolvimento do marketplace para as marcas voltadas às categorias de moda e lifestyle também ajudou. Com ele, a empresa aumentou o portfólio em novas categorias e nichos.
Investimentos
No ano passado, a empresa reforçou os investimentos em navegabilidade e funcionalidade nas plataformas móveis. Os aplicativos registram um número de 7 milhões de downloads em 2016 e o tráfego via mobile corresponde a mais que a metade do total de acessos.
Com isso, o Grupo apresentou crescimento de 14.3% de clientes ativos e um número recorde de clientes novos no quarto trimestre de 2016.
Ponto de equilíbrio
Com o aumento de vendas, a companhia também apresentou melhora no Ebtida – lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização. O indicador passou de um recuo de 25,2% em 2015 para uma queda menor, de 6% em 2016.
Os resultados dos últimos três meses de 2016 colocaram a companhia rumo ao breakeven, ou ponto de equilíbrio, quando o total de receitas se iguala ao total de gastos. Assim como a maioria dos e-commerces, a companhia ainda não opera com lucro.
A margem bruta da companhia aumentou de 38,9% em 2015 para 43,4% em 2016. Este é o melhor resultado reportado desde a fundação do e-commerce em 2011.