59 milhões de pessoas físicas estão inadimplentes no país

Close-up of female hand holding smartphone. Young businesswoman sitting at laptop in office holding credit card and entering data on her mobile phone

O número representa 39,19% da população com idade entre 18 e 95 anos, segundo aponta indicadores do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

De acordo com a estimativa, a região Sudeste é a que concentra, em termos absolutos, o maior número de negativados, somando 24,90 milhões de consumidores, o que representa 38,17% da população adulta da região.

Em seguida aparecem o Nordeste (com 15,60 milhões de negativados, ou 39,19% da população local); o Sul (com 8,29 milhões de inadimplentes ou 37,16%); o Norte (com 5,35 milhões de devedores ou 45,77%); e o Centro-Oeste (com 4,84 milhões de inadimplentes ou 42,18% da população da região).

Já a estimativa por faixa etária indica que é entre 30 e 39 anos a maior frequência de negativados, uma vez que, em abril, metade dessa população (49,83%) estava com o nome incluído em listas de proteção ao crédito (um total de 17 milhões de pessoas). Vale destacar ainda que uma quantidade significativa das pessoas entre 40 e 49 anos está inadimplente (47,06%), bem como entre os consumidores de 25 a 39 anos (46,34%).

Desaceleração do crescimento da inadimplência

Na variação anual do número de pessoas físicas inadimplentes, o indicador mostrou queda de -1,60% em abril, em comparação com o mesmo mês em 2016. Após crescer a taxas próximas a 5,0% entre o final de 2015 e início de 2016, o indicador teve sucessivos recuos ao longo do ano passado, sendo a segunda vez, desde o início da série histórica em 2010, que há uma queda anual. Na passagem de março para abril, a inadimplência no país mostrou queda de -0,35%.

Para Honório Pinheiro, presidente da CDL, essa desaceleração reflete a recessão econômica, que impactou a capacidade de pagamento das famílias brasileiras e também reduziu a tomada de crédito por parte dos consumidores. 

“O consumidor tem tido maior cautela com o consumo, além de maior dificuldade para conseguir crédito. Assim, ele se endivida menos e, com isso, torna-se mais difícil ficar inadimplente”, analisa.

 

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