A marca de frios e embutidos Ceratti, conhecida do consumidor final pela presença em supermercados e padarias, tem investido em produtos exclusivos para o foodservice, setor em que até agora atuava indiretamente. O objetivo é olhar com estratégia para dentro desse mercado. Atualmente, a empresa atua com foco especial no foodservice em São Paulo nos três Estados do Sul do País.
“A gente sempre esteve no foodservice, no mercadão, na padaria, mas de fato agora temos um modelo de go to market bem estruturado, para atender ao operador de forma eficiente”, explica o head de Foodservice da Ceratti, Hugo Melo, que chegou na companhia em 2020 justamente para organizar a área.
A Ceratti tem realizado estudos para garantir que está desenvolvendo produtos adequados, não só do ponto de vista operacional, mas do ponto de vista estratégico para o operador. A ideia é garantir que a marca tenha um portfólio que atenda às dores do foodservice do Brasil.
“Antes a gente só traduzia a formulação que já ofertava no varejo para uma embalagem maior, como se ela fosse a solução para o operador de foodservice. Vendíamos calabresa para pizzarias, por exemplo, mas era uma calabresa feita para ser consumida pura. A gente desenvolveu formulações com mais pimenta, com defumação mais forte, para que ela se sobressaia numa pizza. Entregamos o produto de forma mais tangível para o operador, já fatiado, com diâmetros e espessuras diferentes para atender a cada tipo de necessidade”, explica Hugo Melo.
Hormel Foods
A Ceratti foi adquirira em 2017 pela Hormel Foods, uma empresa de mais de 125 anos que tem forte atuação no foodservice no mundo inteiro. Hoje, 40% do faturamento da companhia vem do setor. Até por isso, uma das prioridades da empresa após a aquisição da Ceratti foi ampliar a atuação da marca brasileira no foodservice.
Apesar de a Hormel ter uma estratégia muito bem definida nos países em que atua – atualmente, a empresa tem uma presença muito grande não só nos Estados Unidos, mas também na China, na Europa e na Austrália -, ela entende que precisa traduzir essa estratégia para o Brasil.
“A Ceratti está mergulhando nos processos dos operadores, entendendo as dores e as demandas para de fato não trabalhar somente com ingredientes, que foi o que a gente fez na nossa história intenira, mas sim trazer soluções e formas de rentabilizar a operação e aumentar o ticket médio”, complementa o responsável pelo Marketing e Inovação da Ceratti, Bruno Pimenta Alves.
Assim, além de se manter com força na cabeça do consumidor final, a marca espera atuar quase como uma consultoria para o operador. “A gente está entrando nas cozinhas, conversando com os chefs, com os operadores, e entendendo como facilitar dia a dia, tirar custo, fazendo outro caminho que é bem bacana, com o suporte forte dos americanos da Hormel nessa jornada que começou agora.”
Com a colaboração de Marcelo Audinino
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