Inditex, que controla a Zara, fecha temporariamente suas 84 lojas em Israel

A conflito ocorre porque o Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina

Inditex, que controla a Zara, fecha temporariamente suas 84 lojas em Israel

A companhia espanhola Inditex, que controla uma série de franquias incluindo a Zara, fechou temporariamente suas 84 lojas em Israel devido aos conflitos iniciados no último sábado no país. O aviso sobre as condições da varejista consta nas páginas israelenses das franquias.

Além da informação sobre as unidades físicas, a empresa avisou que os prazos para a devolução de peças serão ampliados.

Em outubro de 2022, palestinos organizaram um boicote contra a empresa depois que o franqueado de suas lojas israelenses recebeu o parlamentar Itamar Ben-Gvir, visto como abertamente anti-Palestina, em sua casa.

Na ocasião, houve manifestações e até queima de peças de roupa da Zara em público.

No caso da concorrente sueca H&M, também há relatos sobre o fechamento de lojas. No entanto, neste momento, o site oficial da empresa em Israel apenas alerta sobre possíveis atrasos nas entregas de produtos.

Suspensão de voos para Tel Aviv

A Delta Air Lines não operará voos para Tel Aviv até o final deste mês, em uma recente indicação de que as companhias aéreas estão se preparando para uma pausa prolongada nos voos para Israel. A Delta disse que continuaria a explorar opções para os clientes deixarem Tel Aviv em assentos disponíveis em companhias aéreas parceiras e que trabalharia com o governo dos Estados Unidos conforme necessário para ajudar a levar de volta os cidadãos dos EUA.

A irlandesa Ryanair foi outra que cancelou os trajetos que envolvem Tel Aviv devido a “restrições operacionais” até o dia 11 de outubro, segundo comunicado. A alemã Lufthansa e a norueguesa Norwegian Airlines estão entre outras companhias europeias que suspenderam voos para o território israelense.

Chevron fecha plataforma de gás natural

Israel ordenou que a Chevron encerre a produção de gás natural em uma das duas principais plataformas offshore que opera no país, disse a empresa nesta segunda-feira, 9. A determinação acontece em meio ao conflito deflagrado após ataques do grupo palestino Hamas a alvos israelenses.

A plataforma Leviathan, a outra grande instalação de gás offshore que a Chevron opera, continua a enviar gás para Israel e outros lugares para exportação.

“Nossa principal prioridade é a segurança de nosso pessoal, das comunidades onde operamos, do meio ambiente e de nossas instalações”, afirmou a empresa.

O fechamento de uma plataforma que produz cerca de 1 milhão de pés cúbicos de gás natural por dia não deve prejudicar drasticamente os lucros da Chevron, segundo analistas.

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

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