Inflação cai 0,21% em novembro, puxada pela energia elétrica e pelos combustíveis

Conta de luz continua no nível mais caro do sistema de bandeiras tarifárias

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,21%, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, o mês de novembro foi fechado com deflação. Esta taxa é a menor desde a criação do Plano Real.

Entre os motivos que contribuíram para a queda da inflação está a mudança da bandeira da conta de energia elétrica, passando de vermelha para amarela, com taxa mais baixa. A mudança deverá ser mantida em dezembro.

De acordo com Pedro Costa, analista do IBGE, a energia sozinha ajudou o IPCA a cair 0,16%. Houve ainda a queda no preço dos combustíveis, contribuindo para o preço dos transportes. “A queda nos combustíveis foi causada, principalmente, pela gasolina, que caiu 3,07%. Foi o segundo maior impacto negativo individual, que foi 0,15 ponto percentual”, disse Costa por meio de nota.

A queda dos preços superou as estimativas do mercado financeiro, que eram de cerca de 0,10%. Em agosto também houve deflação, de 0,09%.

Na análise de 12 meses, a inflação até novembro cresceu 4,05 %. Em outubro, o IPCA registrado foi de 0,45%. Já no ano, a alta é de 3,59%. A previsão é que 2018 seja fechado com inflação em alta de 3,89%. O piso da meta do Banco Central é de 3%.

Nove grupos de produtos e atividades foram pesquisados, dos quais cinco tiveram quedas nos preços em novembro: habitação (-0,71%), transportes (-0,74%), vestuário (-0,43%), saúde e cuidados Pessoais (-0,71%) e comunicação (-0,07%). Os quatro que não tiveram desempenho negativo foram educação (0,04%), alimentação e bebidas (0,39%), artigos de residência (0,48%) e despesas pessoais (0,36%).

*Imagem reprodução

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