O grupo da GS&MD concluiu o segundo dia de visitas nas lojas Niketown, Ann Taylor, Joe Fresh e Macy’s com saldo de muita informação e insights para o varejo brasileiro. Confira:
Niketown
A Niketown abriu sua flagship em Nova York mais cedo especialmente para receber o grupo da GS&MD. Essa loja atrai 2,5 milhões de pessoas por ano.
Todos os dias, meia hora antes da loja abrir, toda a equipe se reúne, como numa preleção de um time antes do jogo, para planejar o dia e disseminar entusiasmo, exatamente como atletas fazem antes de um jogo importante. Os vendedores são pagos por hora e recebem bônus trimestrais baseados na performance da loja e não em desempenho individual.
Pensando no ambiente digital, a Nike integra os esforços. Se um produto está sendo promovido nas redes sociais, ele terá destaque no visual merchandising das lojas.
Outro diferencial da marca, o Nike ID (serviço de personalização de produtos da loja) estendeu o conceito para além da estética: agora é possível customizar também tecnologia, como o sistema de amortização, e até ter um pé diferente do outro. O overprice vai de 15 a 200 dólares e o produto leva de 3 a 5 semanas para ficar pronto – ele é feito na mesma fábrica que faz os produtos convencionais.
A Nike também possui um clube de corredores que reúne até 10 mil pessoas por mês para correrem juntas. Mas o clube tem por objetivo apenas ajudar seus membros a correr melhor e não a fazer a loja vender mais. Isso é uma consequência.
Ann Taylor
O Grupo GS&MD também foi recebido na sede da Ann Taylor. A empresa está em processo de adaptação à nova realidade do varejo digital – hoje 30% das vendas em preço cheio são feitas pelo canal digital.
O crescimento do digital está mudando as regras do jogo no varejo. Hoje o principal desafio da AnnTaylor é promover a tal integração entre canais, manter funcionários motivados e estoques equilibrados no mundo do omnichannel.
É cada vez mais comum pessoas comprarem online e pegarem os produtos nas lojas Ann Taylor e Loft. Também estão acontecendo muitas trocas – pessoas compram peças online e devolvem na loja as que não ficaram boas. Isso é uma oportunidade para vendas adicionais nas lojas físicas.
Hoje clientes experimentam produtos em lojas físicas e compram em lojas virtuais – o showrooming. Ann Taylor acredita que no futuro as lojas vão incentivar o showrooming interno – fazer clientes experimentarem produtos nas suas lojas físicas e comprarem nas lojas virtuais da própria marca.
Joe Fresh
Outra visita foi na flagship da Joe Fresh, rede de moda acessível do mesmo grupo canadense que controla os supermercados Lablaws.
A Joe Fresh, que era uma marca própria de vestuário da Lablaws, abriu suas 1ª loja em 2006. Em 2010 entrou nos EUA com uma pop store e agora começa a abrir mais marcas com a característica de oferecer moda a preços muito agressivos.
Joe Fresh vai a partir de agora ganhar mais exposição, pois foi fechado um acordo para instalação de corners da marca dentro das lojas JC Penney.
Macy’s
Última parada: Macy’s. A loja está em renovação e o novo projeto vai tentar deixar a loja mais simples e organizada para os clientes. Também haverá novas marcas operando as áreas de concessão dentro da Macy’s após a renovação.
A Macy’s lançou um novo aplicativo que dá sugestões de compra aos clientes com base no local da loja onde ele se encontra.
Hoje os cupons de desconto da marca são digitais e dirigidos aos clientes com base em seus estilos e histórico de compras.
Confira as fotos das visitas técnicas desta sexta-feira (11):