“Estamos vivendo, talvez, a maior revolução pela qual a Humanidade já passou, e isso mudou completamente a forma como as empresas vinham operando há décadas.” Foi com essa frase que a assessora especial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Regiane Relva Romano, abriu sua participação no webinar “Retail Trends Pré-NRF O melhor da NRF 2021 Chapter 1”, transmitido pelo portal Mercado&Consumo.
O evento reuniu grandes executivos do varejo e especialistas no assunto para debater as tendências do setor para 2021. “Não bastassem os desafios de desemprego, mobilidade urbana e mudanças climáticas, ainda estamos em meio a uma pandemia nunca vista. Isso impulsionou, obviamente, a transformação digital, que tem mudado de um dia para o outro como estudamos, conversamos, visitamos nossos parentes e, principalmente, como estamos fazendo negócios na área de varejo e da cadeia de suprimentos”, disse Regiane.
Entre as transformações, ela citou algumas que viu recentemente em um evento em Dubai, nos Emirados Árabes, para onde viajou no fim do ano passado a trabalho. Soluções baseadas na computação em nuvem, rádio frequência, robôs, internet das coisas, analytics.
“Tudo isso aplicado ao varejo é sensacional. O varejo passa a ter modelos preditivos e analíticos que vão mostrar se um freezer foi desligado, se uma lâmpada ficou acesa e não tem mais ninguém na loja, quantas mulheres e quantos homens passaram por ali e que expressões faciais fizeram ao olharem a vitrines.”
Para ela, apesar disso, muitas empresas têm deixado de lado aspectos básicos da operação, como sistemas de gestão eficientes que podem ajudar na tomada de decisões. O famoso “arroz com feijão”.
“Nunca foi tão importante saber quem são os clientes, os concorrentes e os produtos que giram e não giram. A velocidade, hoje, é um diferencial competitivo. Precisamos usar tecnologias que permitam identificar o cliente em qualquer ponto de contato, soluções que permitam a personalização em tempo real, que facilitem todas as formas de pagamento e evitem atritos com os clientes. Precisamos usar e abusar disso tudo, que nem é tão novo, é realidade virtual, mobile commerce, integração de canais”, alerta.
Assim, afirma a especialista, as empresas devem rever e padronizar processos para que possam estar presentes em todos os canais e pontos de contato de forma transparente. “Por mais que a gente ame inovação, se não existir uma camada para suportá-la, ela não vai adiantar. Temos de fazer com que o ser humano, de fato, tire proveito das parafernálias tecnológicas.”
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