Alimentos puxam alta da inflação em meio à pandemia

Apesar dos dados do IPCA – 15, do IBGE, para a Região Metropolitana de São Paulo terem apresentado inflação estável no final de abril, levantamento da FecomercioSP, com base nesses números, apontou alta média de 5,52% nos produtos mais utilizados durante a quarentena instaurada para conter a disseminação de covid-19.

A Federação levou em consideração alguns itens essenciais e montou a “cesta pandemia” com cinco categorias, sendo que todas apresentaram alta na inflação na comparação com o mesmo período do ano passado: alimentação no domicílio (7,45%); alimentação e bebidas (6,58%); habitação – produtos de limpeza – (5%); saúde (3,81%) e cuidados pessoais (3,41%).

Grafico 1

Dentro da categoria de alimentação e bebidas, os que obtiveram índices mais elevados foram: cenoura (40,85%), açúcar refinado (22,21%), músculo (21,23%), alcatra (14,72%), leite longa vida (14,50%), arroz (12,86%), contrafilé (11,45%), milho-verde em conserva (11,18%), maçã (7,99%) e bolo (7,89%).

Por outro lado, na mesma categoria, 9 dos 29 itens analisados registraram queda nos preços: feijão carioca (-25,09%), repolho (-10,20%), palmito em conserva (-5,10%), café moído (-4,91%), massa semipreparada (-3,91%), batata-inglesa (-1,05%), refrigerante e água mineral (-0,83%), leite em pó (-0,76%) e brócolis (-0,67%).

Já o grupo de habitação contém produtos de limpeza, muito procurados para conter a proliferação do coronavírus. Assim, detergente e sabão em pó ficaram 9,44% e 7,23% mais caros em relação a abril de 2019.

Na área da saúde os destaques dos altos índices  ocorreram em função do aumento nos planos de saúde (7,33%) e nos serviços laboratoriais e hospitalares (3,58%).

Empresariado

A FecomercioSP orienta os comerciantes a ficarem atentos ao controle dos estoques e a se concentrarem nas vendas desse mix de produtos essenciais, com descontos para os itens perecíveis ou com prazos menores de vencimento.

No momento de repor as mercadorias também é importante analisar as que possibilitam mais margem de lucro, visto que diante de um cenário de incerteza, a população está consumindo com mais cautela.

A Entidade lembra, ainda, que os empresários devem se programar para quando for autorizada a reabertura dos estabelecimentos, momento em que serão necessários os equipamentos de segurança individual (EPIs) para garantir segurança na retomada do atendimento ao público. Então, o recomendado é buscar desde já fornecedores para esses itens e avaliar as quantidades que serão utilizadas, negociando valores e prazos de entrega.

* Imagem reprodução

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