O Banco Safra assumiu nesta terça-feira, 10, o controle do conglomerado financeiro do Alfa. O negócio, que inclui uma financeira, uma administradora de consórcios, uma seguradora e uma corretora de seguros, foi anunciado em novembro do ano passado por R$ 1,028 bilhão.
Alfa e Safra, por sua vez, seguirão as suas atividades e operações separadas e de forma independente, informaram as instituições há pouco por meio de fato relevante.
O valor global da operação, segundo as companhias, foi baseado em uma avaliação de 0,70 vez do patrimônio líquido de cada uma das sociedades operacionais que fazem parte do perímetro da operação na data-base de 31 de agosto de 2023, acrescido da posição de caixa na Alfa Holdings, Consórcio Alfa e Corumbal Participações e Administração Ltda.
O Safra reafirmou que realizará ofertas públicas de aquisição de ações de emissão das companhias do grupo ao preço por ação de 80% do preço pago pelo comprador no âmbito da operação.
As OPAs serão para fins de cancelamento de registro de companhia aberta, estendidas às ações preferenciais de emissão das companhias, pelo mesmo preço a ser pago pelas ações ordinárias, sujeitas a determinadas condições a serem definidas nos respectivos editais das OPAs.
“A operação faz parte da estratégia de crescimento do Safra”, informou o banco, destacando que não há qualquer acordo de acionistas ou de compra e venda de valores mobiliários de emissão das companhias que o envolva.
O Safra é considerado um dos maiores bancos privados do Brasil, com patrimônio líquido de R$ 24 bilhões, R$ 270 bilhões em ativos R$ 300 bilhões em recursos captados e administrados.
Com quase 100 anos de história, o conglomerado financeiro Alfa teve origem com o Banco da Lavoura de Minas Gerais, em 1925. Foi renomeado para Banco Real na década de 1970 e vendido ao ABN Amro, em 1998.
Na época, o banqueiro Aloysio de Andrade Faria criou o Alfa, para fornecer uma extensa gama de serviços financeiros e de seguros, sendo referência e sinônimo de tradição em serviços corporate, private banking e wealth management no Brasil.
Com informações de Estadão Conteúdo (Amélia Alves)
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