Black Friday deve crescer 20% ante 2019, segundo dados da Ebit/Nielsen

As vendas online da Black Friday de 2020 devem crescer 20% na comparação com a mesma data do ano passado, segundo a estimativas da Ebit/Nielsen. Em 2019, elas ultrapassaram R$ 3,2 bilhões.

A expectativa é a de que, por causa da necessidade de distanciamento social, os brasileiros adquiram mais produtos pelos meios digitais. Desde março, mês em que os efeitos da pandemia de Covid-19 começaram a ser sentidos no comércio, mais de 85% dos brasileiros conectados ao digital realizaram compras online.

“Caminhamos para a Black Friday mais digital de todos os tempos. No mercado americano, grandes redes, como Walmart, já ampliaram a duração de suas promoções, e muitos lojistas vão replicar para o e-commerce ofertas que antes eram restritas à loja física. O mercado brasileiro teve um crescimento de 57%, o que sugere um público maior e mais seguro para efetuar compras online. Considerando a situação de pandemia, é quase certo que, as compras se concentrarão no comércio online”, diz a estrategista de negócios Tânia Gomes Luz.

O ano do e-commerce

Impulsionado pela pandemia, o ano de 2020 já é considerado o grande ano do e-commerce brasileiro. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) feita em parceria com o Compre&Confie, o faturamento do comércio eletrônico brasileiro atingiu R$ 41,92 bilhões em agosto.

Outro estudo, realizado pela Rakuten Advertising, empresa especializada em tecnologia para publicidade e marketing digital, mostra que 86% dos consumidores brasileiros devem priorizar suas compras de forma online e não pretendem diminuir os gastos. Ainda segundo a Rakuten, mais de 70% dos brasileiros passaram a comprar com mais frequência no online e 50% dos consumidores em todo o mundo deram preferência por empresas locais durante a pandemia.

“O mais importante nesse momento é se preparar para a data. Garantir uma plataforma com boa estabilidade, facilidade na navegação, qualidade na entrega e, claro, um bom mecanismos antifraude e golpe”, acrescenta Tânia Gomes.

Varejo já vê alta nas vendas

Os próprios varejistas já veem as vendas subirem. “Nossa expectativa como lojista é alta, ainda mais com o cenário atual. Ainda não estamos vivendo tempos tranquilos em questão de saúde e segurança, mas, em relação às compras online, temos um cenário positivo até agora e, claro, estamos otimistas para os próximos meses.”, pontua o Diretor da La Femme, marca de calçados femininos, José Augusto.

O setor percebe também uma tendência de aumento nas vendas de artigos supérfluos, como eletroeletrônicos, maquiagens, vestuário, entre outros itens do tipo. “Esperamos um crescimento de 15% nas vendas. Começamos a pensar nas estratégias e promoções há dois meses e já começamos a fornecer desconto e frete especial desde o primeiro final de semana do mês de novembro”,  diz a CEO da Dassi Boutique, Sirlene Costa.

Para ela, é fundamental que os empresários fiquem atentos a essas tendências. “O comerciante precisa estar preparado durante todo o ano. É necessário se adaptar, pois o cliente não espera. Hoje há muitas opções e ele só irá comprar com quem atender suas expectativas”, afirma.

Imagem: Reprodução

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