Varejo pet deve crescer 15,8% em 2020, chegando a R$ 59,9 bilhões

A venda de alimentos industrializados para animais de estimação deverá puxar os números

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O faturamento do varejo especializado no setor pet deve registrar crescimento de 15,8% em 2022, chegando a R$ 59,9 bilhões. A projeção é do Instituto Pet Brasil (IPB) e é feita com base no desempenho registrado até agora. Ela supera a projeção anterior, feita a partir de dados do primeiro semestre, que era de aumento de 14,7%, para R$ 59,2 bilhões.

“Já havia uma expectativa pela aceleração ainda maior na segunda metade do ano, com a melhoria da inflação e do Produto Interno Bruto no País. Os números apresentados nesse terceiro trimestre confirmaram essa expectativa”, afirma o presidente do Conselho Consultivo do IPB, Nelo Marraccini.

O IPB, instituição que há nove anos estimula o desenvolvimento do setor pet brasileiro, divulga trimestralmente projeções do faturamento anual. Já o faturamento consolidado do ano é divulgado no início do ano seguinte. O faturamento consolidado de 2021 foi de R$ 51,7 bilhões, o que representou uma alta de 27% sobre 2020, que registrou faturamento de R$ 40,9 bilhões.

Divisão por segmentos

Na projeção atualizada, o segmento de Pet Food, que é a venda de alimentos industrializados para animais de estimação, deverá fechar o ano com um faturamento de R$ 33,5 bilhões (56% do total). Se a previsão se confirmar, haverá aumento de 18% em comparação ao valor consolidado do ano passado.

A venda de animais de estimação diretamente dos criadores tem a projeção de movimentar R$ 6,3 bilhões (10,5% do faturamento total e alta de 11,3% em relação a 2021). O segmento Pet Vet, que é a venda de medicamentos veterinários, deve movimentar R$ 5,9 bilhões (9,9% do faturamento do mercado e a projeção de alta que passou de 11% no primeiro semestre para 12,5%).

Os demais segmentos são serviços veterinários (R$ 5,5 bilhões, 15,6% de alta e uma fatia de 9,3% do mercado), serviços gerais (R$ 5,3 bilhões, 9,8% e 8,8% respectivamente) e Pet Care, os produtos de higiene e bem-estar animal, (R$ 3,3 bilhões, 19,3% e 5,5%).

Pequenos e médios

Com uma fatia de 48,7%, os pet shops pequenos e médios representam praticamente metade de todo o dinheiro movimentado pelo varejo pet. Com alta de 17,3%, esse canal de acesso dos consumidores projeta faturamento de R$ 29,1 bilhões no ano.

Com um aumento de 16,7% em relação a 2021, as clínicas e hospitais veterinários se mantiveram como segundo principal canal de acesso aos produtos e serviços no varejo pet. Com a projeção de faturar R$ 10,8 bilhões, eles representam 18,1% do faturamento total.

Com 6% da fatia do mercado, o e-commerce pet tinha R$ 1,44 bilhão de faturamento em janeiro de 2020 e chegou aos R$ 3,59 bilhões no início de 2022, um aumento de 150%. O e-commerce especializado (empresas que vendem os seus produtos apenas pela internet) foi o que liderou as vendas no terceiro trimestre de 2022, com projeção de participação de 41% sobre o faturamento total até o final de 2022. Deve movimentar R$ 1,47 bilhão dos R$ 3,59 bilhões até o fim do ano.

Neste segmento, o e-commerce de mega stores deve superar o de pequenos e médios pet shops na segunda colocação, com um faturamento previsto de R$ 930,5 milhões, contra R$ 855 milhões. Clínicas e os hospitais veterinários, agrolojas, varejo alimentar (mercados e mercearias) e outros (como clubes de serviços, lojas de conveniência e farmácia) completam, nesta ordem, a lista.

Imagem: Shutterstock

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