Empresa de painel de LED “pivota” na pandemia e cresce mais de 20% ao ano no varejo

TheLED tem investido fortemente também nos segmentos de mídia, corporativo e residencial

A brasileira TheLED promoveu uma mudança no modelo de negócio durante a pandemia e hoje tem, no varejo, uma de suas maiores apostas. Riachuelo, Hering e C&A são algumas das marcas que têm procurado a empresa para encomendar painéis para exibir em suas principais lojas e oferecer experiências de compra diferentes para os consumidores. A TheLED tem investido fortemente também nos segmentos de mídia, corporativo e residencial.

Até 2019, 40% das vendas da TheLED eram para o mercado de eventos do showbiz. O primeiro grande cliente da empresa, fundada em 2010, foi a dupla Chitãozinho e Xororó. Em março de 2020, com a chegada da covid-19 ao país e as primeiras restrições de circulação, o setor “adormeceu”, como lembra o CEO e fundador, Richard Albanesi. “Na pandemia, tivemos de ‘pivotar’ o negócio e fizemos uma expansão do uso de produtos para locação de longo prazo”, explica.

Hoje, 50% das vendas da TheLED são para o segmento de mídia e o restante é dividido em outras categorias. Antes dominantes, eventos são hoje cerca de 1%. “O varejo vem crescendo muito, cerca de 20% ao ano em instalações. Os eventos voltaram, ainda que em menor número, então acreditamos que a realidade que vivemos hoje será bem diferente daqui a um ano nesse segmento.”

De loja a supermercado 

Entre os projetos da TheLED para o varejo, está a megaloja da Riachuelo no Shopping Morumbi, na zona sul de São Paulo, que tem 67,8 m² de painéis de LED com o conteúdo e storytelling da marca. A unidade foi inaugurada em 2019 e, de lá para cá, mais de dez novas lojas da Riachuelo passaram a contar com projetos da empresa.

“Estamos criando recorrência nesse mercado. A marca faz uma experiência, vê o resultado e entende quanto o LED pode, de fato, potencializar o negócio”, analisa a diretora de Marketing Elaine Dias. Hering é outra marca que já possui várias lojas com painéis da TheLED.

Destacam-se ainda grandes projetos como a flagship da NBA em São Paulo, que reproduz o ambiente de uma quadra de basquete em 1.500m² de área, à loja-conceito da rede Dalben Supermercados, em Valinhos, interior do Estado.

A empresa faz não só a concepção dos projetos, mas também a instalação, o acabamento e o gerenciamento das telas – assim como, em alguns casos, concebe o conteúdo exibido. “O cliente não quer mais só o produto”, diz Richard Albanesi. “Por isso somos uma empresa que faz 100%, 360º, com solução completa para painéis de LED.”

Mídia out-of-home

Além das lojas, a empresa está aumentando sua presença em shopping centers e aeroportos por meio da chamada mídia out-of-home (OOH). A TheLED atua com empresas como Eletromidia e Kallas e administradoras como JHSF, Multiplan e brMalls.

Um dos projetos de destaque é o túnel de LED de 330 metros de painéis em curva que liga o estacionamento à entrada do Shopping Cidade Jardim, também na capital paulista. Ele foi elaborado em parceria com a JHSF para criar experiência para quem vai ao shopping e vender espaço de patrocínio. Outro é o túnel do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, que permite também que os anunciantes criem peças interativas.

A Arena BRB Nilson Nelson, em Brasília, e o Allianz Parque, em São Paulo, também possuem painéis da TheLED.

Origem nas lâmpadas FLC

Apesar da ampliação da atuação, Richard Albanesi considera que o mercado em que a empresa atua ainda não está muito avançado no Brasil. “Eu achava que em 2021 nós já viveríamos a realidade que vivemos nos últimos três anos”, conta. “Se compararmos com o mercado norte-americano, ainda temos muito para realizar e fazer.”

O executivo afirma que, apesar de a TheLED ser a maior empresa de painéis de LED do Brasil, ainda é um negócio pequeno. “Nosso grande diferencial é a relação com a China, que começamos em 1992 por causa da FLC.” Ele se refere à empresa fundada pela mãe, Alcione Albanesi, que resultou num amplo conhecimento daquele mercado, de onde vem praticamente 100% do LED usado no mundo todo (Alcione vendeu a FLC em 2014, passando a se dedicar à ONG Amigos do Bem, também criada por ela).

“A gente entende muito de produto e muito de fabricação. Em 2010, não havia empresas no Brasil investindo em painéis de LED e visitamos mais de 100 fábricas na China para entender a relação entre iluminação e imagem. O painel não é só sobre brilhos e cores, ele tem de ter interatividade com o cliente”, ensina Richard Albanesi.

Empresa de painel de LED "pivota" na pandemia e cresce mais de 20% ao ano no varejo

Imagens: Divulgação

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