Sete em cada dez executivos brasileiros consideram a adoção da Inteligência Artificial (IA) generativa como uma das prioridades de investimento para 2024, de acordo com um levantamento realizado pela Bain & Company, empresa americana de consultoria de gestão.
Quando considerado o mercado estadunidense, essa porcentagem salta para 92%, onde 53% das empresas posicionam a IA como uma de suas três principais prioridades. No Brasil, esse mesmo direcionamento ocorre em apenas 19% das organizações.
As expectativas sobre os resultados da implementação da IA em ambas as regiões são, segundo os executivos, um aumento de produtividade como principal fator. Em segundo lugar, aparece o aperfeiçoamento da experiência dos clientes (69%) para os brasileiros, enquanto os americanos consideram que a IA generativa vai ampliar a receita das companhias (67%).
“A IA generativa é uma alavanca para produtividade e lucratividade. As companhias precisam, agora, priorizar usos mais simples para dar os primeiros passos na tecnologia e depois evoluir, aproveitando todos os benefícios dessa inovação”, afirma Lucas Brossi, sócio da Bain e líder de Advanced Analytics da consultoria na América do Sul.
Mesmo estando em alta e com muitos profissionais aderindo à tecnologia, o estudo indica que passar para o próximo nível, com a criação de pilotos e a expansão do uso, é bem mais complexo. No Brasil, 58% dos entrevistados consideram que ainda estão em um estágio exploratório, e somente 9% se consideram líderes, com uma ou mais aplicações em uso disseminado na empresa.
Entre as barreiras para ampliar a aplicação da IA generativa, os brasileiros ressaltam como principal razão a falta de talentos e recursos, enquanto os norte-americanos se preocupam com a segurança e a privacidade dos dados.
A falta de compreensão dos casos de uso é o desafio mais citado entre os respondentes, seguido por questões relacionadas à privacidade de dados e à falta de profissionais qualificados no setor. Os brasileiros também se preocupam com a integração da IA com a estrutura tecnológica já existente e ainda têm dúvidas quanto ao retorno sobre o investimento.
Com informações de Mercado&Tech.
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