Conhecida por seus doces e confeitos, a Dori Alimentos, empresa familiar do interior de São Paulo, entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, que inclui uma venda primária de ações – pela qual os recursos vão para o caixa da empresa.
Além disso, a operação vai incluir também uma venda secundária, em que o fundo de private equity Acon Investments deve oferecer parte de suas ações, por meio da CandyCo Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que detém 30,5% da empresa.
A companhia faz parte de um setor estimado em US$ 14,4 bilhões em 2020, segundo a Euromonitor, podendo atingir US$ 17,3 bilhões em 2026. A companhia faturou R$ 426 milhões, o que representou uma alta de 39% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os recursos captados na oferta primária vão para o pagamento de debêntures privadas e para sustentar o plano de crescimento orgânico da Dori, incluindo o desenvolvimento de novas linhas e o aprimoramento de canais de venda, de acordo com o prospecto.
Lanches sem glúten
Na parte das dívidas, a empresa informa ter uma debênture com saldo devedor de R$ 120 milhões, que pretende quitar integralmente com recursos captados na estreia na Bolsa brasileira. Esta foi a segunda emissão da empresa, lançada em setembro do ano passado e com vencimento em 2025.
A empresa ressalta que uma das tendências do mercado é a busca por opções de lanches sem glúten, sem lactose, sem gordura e com certificado vegano. A empresa até informa no prospecto que é alvo de uma ação na Justiça, de 2016, por não informar em suas embalagens os potenciais danos do consumo de glúten.
O IPO da Dori é coordenado por Itaú BBA, JPMorgan, XP e Banco Safra.
Com informações de Estadão Conteúdo
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