Criador da ‘cripto’ do Mercado Livre iniciou cedo na programação

Mercado Coin está disponível como forma de recompensar consumidores que compram no comércio eletrônico da companhia

Criador da 'cripto' do Mercado Livre iniciou cedo na programação

Sebastián Serrano fundou a plataforma de criptomoedas Ripio em 2013, mas a paixão pela tecnologia começou cedo. Aos 7 anos, o menino nascido no interior da Patagônia, na Argentina, leu uma revista sobre o potencial transformador da computação, implorou para os pais por um computador e, quando finalmente ganhou um, passou a programar de forma autodidata.

“Era um Commodore 64, bem antigo, já tinha uns 10 anos. Dava para aprender a programar e fazer videogames, então, comecei a aprender”, diz.

Serrano cresceu rodeado de livros e revistas, mas viu na tecnologia um caminho que o levaria à fundação de uma das maiores empresas de criptomoedas da América Latina.

Com mais de 2 milhões de clientes e 400 funcionários, a Ripio é a empresa que viabilizou a criação da criptomoeda própria do Mercado Livre, que será concedida para compradores como cashback (dinheiro de volta) em compras.

Hoje, o principal mercado da Ripio ainda é a Argentina, onde os investidores têm o hábito de fazer aportes em produtos financeiros internacionais para proteção contra a desvalorização do peso. “A Argentina tem necessidades que ainda tornam o cripto muito necessário, mas o Brasil é quase nosso maior mercado. Temos quase cem pessoas no time do País”, diz.

Mercado Coin

O projeto com o Mercado Livre começou a ser desenvolvido no ano passado. Chamado de Mercado Coin, o criptoativo já está disponível como forma de recompensar consumidores que compram no comércio eletrônico da companhia.

“Há alguns fatores que levam uma criptomoeda a funcionar ou não. Ela precisa gerar valor para as pessoas, ser útil ou permitir algo novo. No caso do Mercado Coin, ele vai desenvolver o programa de fidelidade da empresa”, diz Serrano.

Em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19 e por um ciclo de valorização do bitcoin que só terminaria ao fim de 2021, a Ripio foi apontada pelo Fórum Econômico Mundial como um dos pioneiros tecnológicos do ano, em razão da sua tecnologia de negociação de criptomoedas.

Para ganhar escala no mercado brasileiro, entre o fim de 2020 e o começo de 2021, a Ripio comprou a empresa BitcoinTrade; hoje, tem mais de 600 mil clientes no País.

Capitalizada após receber um aporte de US$ 50 milhões, a companhia tem na mira agora o Chile e o Peru.

Com informações de Estadão Conteúdo

Imagem: Shutterstock

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