Varejistas de todo o Brasil vão poder prestar serviços de captação e retirada de encomendas de clientes dos Correios. O edital para o novo canal de atendimento da empresa, denominado “Ponto de Coleta”, está aberto.
A parceria, além de ofertar uma remuneração adicional ao prestador de serviço, potencializa as vendas dos estabelecimentos varejistas – com o aumento do fluxo de clientes e a associação com a marca Correios. Ao mesmo tempo, a estatal tem a sua rede de atendimento ampliada, ofertando mais comodidade para os seus clientes na postagem e retirada de suas encomendas, sem adicional no custo e no prazo de entrega.
Neste primeiro momento, serão credenciados estabelecimentos de Águas Claras (DF), Sobradinho (DF) e São Paulo (SP). Os requisitos estruturais para que as empresas sejam Pontos de Coleta são: um espaço físico para o atendimento aos clientes e armazenagem do estoque de encomendas; um aparelho celular (smartphone) com internet para acesso ao sistema dos Correios; e uma impressora jato de tinta, para a impressão dos rótulos dos objetos, se for o caso.
O procedimento para o credenciamento será desenvolvido em dois ciclos de habilitação, sendo o primeiro previsto para iniciar em 21 de outubro. Porém, por se tratar de um credenciamento de forma aberta, as empresas poderão manifestar interesse a qualquer tempo, durante a vigência do edital. Já para o início efetivo da execução das atividades do Ponto de Coleta, o prazo é de até cinco dias úteis, contados a partir do recebimento do Termo de Autorização emitido pelos Correios.
Para o próximo ano, a estatal estuda ampliar aos demais Estados a oferta de Ponto de Coleta. Todas as especificações, o projeto básico e demais anexos podem ser acessados na página do edital (clique aqui).
Privatização está no Congresso
A Câmara dos Deputados aprovou no início de agosto o projeto de lei que abre caminho para a venda dos Correios. Com o aval do Congresso, o governo planeja fazer o leilão da estatal no primeiro semestre de 2022 e se desfazer de 100% da empresa. O texto ainda precisa passar por votação no Senado.
Para justificar a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que tem mais de 90 mil empregados e foi criada em 1969, o governo afirma que há uma incerteza quanto à autossuficiência e capacidade de investimentos futuros da companhia.
Na avaliação do Executivo, isso reforça a necessidade da privatização para evitar que os cofres públicos sejam responsáveis por investimentos de R$ 2 bilhões ao ano.
Imagem: Divulgação/Correios