“Inflação do Dia das Crianças” sobe 6,11%; elevação mais intensa que IPC-DI

Cesta da FGV é composta por 22 itens mais procurados na celebração

Comércio no Dia das Crianças tem melhor performance em 10 anos

Os preços e serviços relacionados ao Dia das Crianças subiram 6,11% em relação à data em 2021, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). A cesta é composta por 22 itens mais procurados na celebração.

A “inflação” do Dia das Crianças foi mais intensa que a medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI), que nos últimos 12 meses avançou 5,14%.

O setor têxtil tem os itens com registro mais alto de elevação de preço. Roupas infantis avançaram 7,17% ante 2021, calçados infantis subiram 3,31% e bonecas tiveram aumento de 9,06%.

“O desarranjo nas cadeias globais de produção ainda se faz sentir, gerando problemas na aquisição de matéria-prima. Isso comprometeu a oferta em setores como o têxtil, o que gerou a pressão inflacionária”, disse economista do FGV IBRE Matheus Peçanha.

Entre os serviços e lazer, o custo com refeições em bares e restaurantes aumentou 8,64%; o com doces e salgados, 8,56%; e o com suco de frutas fora de casa, 7,75%.

Compra de presentes

Pesquisa encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) à PiniOn projetou que quatro em cada dez consumidores paulistas iriam comprar presentes neste Dia das Crianças. A expectativa da entidade para a data é de aumento de até 5% nas vendas em relação a 2021.

De acordo com o levantamento, 42% dos entrevistados pretendiam comprar presentes. Outros 43% disseram que não tinham intenção de gastar, enquanto 15% estavam indecisos.

Entre os que planejavam comprar presentes para a data, 40,8% pretendiam gastar mais do que em 2021 Em termos do nível de despesa, a grande maioria (83,1%) pretendia gastar entre R$ 50 e R$ 250 no Dia das Crianças.

Os entrevistados paulistas tinham intenção de comprar em grandes redes de varejo (42,8%) e presencialmente (60%).  Os itens mais citados pelos entrevistados são as roupas, os calçados e os acessórios (36,8%), seguido de boneca (19%), bola de futebol (8%), bicicleta (8%) e carrinho (11%).

Com informações de Estadão Conteúdo (Renata Leite, especial para o Broadcast).
Imagem: Shutterstock

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