Transição para QR Codes revoluciona rastreabilidade e comunicação no varejo

Evento destaca migração para códigos 2D como o futuro da automação e da experiência de compra

Fabiano Gemignani, executivo de Desenvolvimento Setorial na GS1 Brasil, durante a palestra "De Código de Barras a Super QR: Como Transformamos Produtos em Portais Mágicos!".

Os códigos de barras, considerados uma das maiores invenções do varejo, estão passando por uma transformação significativa com a introdução dos QR Codes no cotidiano do mercado e do consumidor.

Durante o Dia do ACBr, um dos principais eventos de software houses e automação comercial do Brasil, Fabiano Gemignani, executivo de Desenvolvimento Setorial na GS1 Brasil, apresentou a palestra “De Código de Barras a Super QR: Como Transformamos Produtos em Portais Mágicos!”.

No evento, que ocorreu em São Paulo nos dias 8 e 9 de novembro, Gemignani discutiu a transição do código de barras tradicional para o QR Code e seu impacto na automação comercial e experiência do consumidor.

O código de barras, considerado uma das 50 maiores invenções da humanidade e um dos avanços mais significativos no varejo do século 20, é amplamente utilizado e gerido pela GS1, organização responsável por licenciar padrões globais para empresas.

A transição para o QR Code

Com a chegada da pandemia em 2019, surgiu uma demanda por mais informações acessíveis sobre os produtos, algo que o código de barras tradicional não conseguia oferecer. Foi nesse contexto que o QR Code se consolidou como uma solução capaz de fornecer detalhes adicionais, sem a necessidade de ter o produto em mãos. Diferente do código de barras, que apresenta apenas o código do produto, o QR Code funciona como um abrangente portal de informações.

“Precisávamos de algo que trouxesse informações para ampliar os dados de acesso para todos. Estamos vivendo na era dos dados e a experiência do consumidor é valorizada quando usamos QR Codes. É um código que oferece infinitas possibilidades”, afirma Fabiano Gemignani, executivo de Desenvolvimento Setorial na GS1 Brasil.

Um dos exemplos práticos apresentados na palestra foi o case da Reserva Legado das Águas, onde QR Codes foram usados para identificar e rastrear biomas, permitindo que o consumidor tivesse acesso a informações detalhadas sobre a preservação ambiental do espaço. Outro destaque foi o molho de tomate Stella D’Oro, que utilizou QR Codes para proporcionar uma experiência inclusiva aos consumidores ao oferecer audiodescrição dos produtos para pessoas com deficiência visual.

O futuro dos códigos 2D

Atualmente, o mercado está em uma fase de transição que envolve o uso simultâneo de códigos 1D (código de barras) e 2D (QR Codes). A previsão, segundo Gemignani, é que o QR Code se torne o único padrão, devido à sua capacidade de armazenar informações mais amplas e detalhadas em um espaço compacto nas embalagens.

“O QR Code padrão da GS1 foi pensado para o varejo e logística porque tem um padrão que pode ser lido pelo ponto de venda e pelo consumidor. Todos dentro da cadeia podem ter acesso às informações”, conta Gemignani. 

Uma das inovações destacadas durante a palestra foi o padrão GS1 para QR Codes, desenvolvido para atender tanto o varejo quanto a logística. O formato permite que os códigos sejam lidos por diferentes dispositivos e proporciona flexibilidade para as marcas, que podem alterar redirecionamentos de sites sem a necessidade de mudar as embalagens, utilizando o Cadastro Nacional de Produtos da GS1.

Retail media

O Dia do ACBR também discutiu a inserção do Retail Media no cotidiano dos brasileiros. Elaine Dias, diretora de Marketing da The Led, apresentou a palestra “O Poder do Retail Media”. A executiva apresentou os cases de Friboi e Grupo Carrefour.

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Elaine Dias, diretora de Marketing da The Led, durante a palestra “O Poder do Retail Media”.

No programa “Seu Açougue Nota 10”, da Friboi, cerca de 2.500 lojas participaram da iniciativa, sendo que 500 delas foram equipadas com painéis de LED. Os resultados mostraram um aumento médio de 38% nas vendas nas lojas. O projeto inclui, além dos painéis, um aplicativo para fortalecer a comunicação entre a marca e os consumidores, proporcionando um canal direto de interação.

Outro exemplo relevante é o Grupo Carrefour e o Sam’s Club, que implementaram mais de 1.300 telas digitais em 120 lojas, totalizando mais de 2.600 m² de painéis de LED. O objetivo não era apenas exibir publicidade, mas também fornecer informações úteis sobre os produtos e as seções dos corredores. otimizando a experiência de compra e capturando a atenção dos clientes no momento em que estão mais propensos a experimentar novos produtos.

“O painel de LED permite que as empresas digam bom dia, boa tarde e boa noite ao cliente, criando comunicações cada vez mais assertivas independentemente do horário. Com isso, otimizamos a experiência de compra e capturamos a atenção dos clientes no momento em que estão mais propensos a experimentar novos produtos”, contou Elaine.

Imagem: MERCADO&CONSUMO

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