A Marfrig Global Foods está lançando sua marca própria de hambúrgueres vegetais, chamada Revolution Burger. Os produtos da empresa serão vendidos no varejo diretamente ao consumidor e em redes de food service. Em 2020, deve ser iniciada a exportação do Revolution Burger para o mercado chinês.
Para Cristina Souza, diretora-executiva da GS&Libbra, a estratégia atende às exigências do consumidor, já que 14% da população brasileira, se declarou vegetariana, em pesquisa recente do Ibope. De acordo com ela, a tendência é de crescimento deste movimento e da busca por alternativas mais saudáveis.
“O consumidor definiu que deseja para sua alimentação saúde, qualidade e sustentabilidade, ou, em alguns casos, apenas variedade. A Marfrig, que é um dos maiores fornecedores de proteína do país, entendeu isso e ampliou o seu portfólio também para proteína de base vegetal”, afirmou Cristina. Ela acredita que a empresa irá investir na atração de novos consumidores, na ampliação de seu portfólio e na colocação do seu produto no mercado.
Em agosto deste ano, a empresa já havia lançado um hambúrguer vegetal com sabor semelhante ao animal, produzido no Brasil em larga escala. Em setembro, a Marfrig passou a fornecer o hambúrguer vegetal para o Rebel Whopper, sanduíche da rede de fast food Burger King no Brasil. “Estamos em um movimento consistente de ampliação de portfólio”, disse Eduardo Miron, CEO da Marfrig Global Foods, segundo o qual, “o lançamento de uma marca própria, que reflita a qualidade dos produtos e do relacionamento da empresa com a cadeia de clientes era um passo fundamental a ser dado.”
Além dos hambúrgueres, a marca Revolution será usada para outros produtos à base de plantas desenvolvidos pela empresa. Os itens serão fabricados na unidade de Várzea Grande, no Mato Grosso, onde também são produzidos os demais hambúrgueres vegetais da Marfrig.
A empresa também firmou parceria com a rede de restaurantes de inspiração australiana Outback Steakhouse. Os restaurantes irão oferecer uma versão exclusiva do hambúrguer vegetal Revolution, diferente da fornecida a outras redes de restaurantes e ao varejo. O produto deverá entrar no cardápio da rede nos primeiros meses de 2020.
A Bloomin’ Brands, dona do Outback Steakehouse, está procurando um comprador para a rede de restaurantes no Brasil. A empresa contratou o banco americano Bank of America Merrill Lynch para encontrar interessados no negócio. Entre os possíveis compradores estão a IMC, dona do Frango Assado, e a rede Madero.
A operação do Brasil do Outback é uma das mais lucrativas do mundo, com nove das dez lojas de maior faturamento da rede. No país, a empresa atrai um público com maior poder aquisitivo que em outros países. Por outro lado, a rede vem sofrendo com o aumento da concorrência e queda das margens.
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