A cesta de Natal deverá pesar mais no bolso do consumidor brasileiro, de acordo com levantamento prévio da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). A pesquisa foi realizada com base nos dados da 2º quadrissemana de dezembro de 2021 e da 4º quadrissemana de novembro de 2022, indicando preço médio de R$375,96 – um aumento de 8,53% em 2022. Itens mais tradicionais, como chester, peru e lombo, devem sofrer alterações até o final de ano.
O produto da cesta de Natal que mais encareceu foi o panetone de frutas cristalizadas (16,28%), seguido do peru (15,22%), palmito inteiro (14,79%), atum sólido (13,94%) e champagne (13,56%). Outros itens tradicionais do Natal, consumidos durante a ceia, também ficaram mais caros. A uva (49,15%), farofa (31,40%), morango (24,67%), sorvete (18,95%), bacalhau (15,66%) e chester (13,90%) foram os mais afetados pela inflação, na comparação com 2021.
“A tendência é que os preços dos itens que compõem a Ceia de Natal continuem subindo até o feriado. Alguns produtos, como peru e chester ainda não apareceram nas gôndolas, o que não é comum para essa época do ano. Com a proximidade da data, esses produtos mais tradicionais devem variar muito de preço”, analisa Guilherme Moreira, coordenador do IPC da Fipe.
Redução
Outros itens que compõem a cesta apresentaram redução, como o lombo de porco com osso, que teve uma queda de 2,53%, e o azeite de oliva, que apresentou diminuição de -0,86%. Sucos também sofreram impacto menor, como o suco de laranja (0,17%) e o suco de morango (0,60%), ambos com leve alta entre os dois levantamentos.
Carnes utilizadas para a ceia apresentaram redução no preço, como o filé mignon (-13,57%) e o pernil com osso (-9,01%).
Imagem: Shutterstock