O GPA publicou edital de segunda convocação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que deve ser realizada em 22 de fevereiro, às 11 horas, a fim de deliberar sobre aumento do limite de capital autorizado da companhia.
A AGE tratará ainda de potencial alteração do número de co-vice-presidentes e da competência para indicação do presidente e do vice-presidente do Conselho de Administração.
Planos de expansão
O GPA anunciou que revisou seu plano de expansão e alterou suas projeções referentes ao período no qual pretende implementar seu plano de abertura de novas lojas. Assim, o prazo do plano de abertura de 300 novas lojas foi alterado de 2024 para 2026.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa lembra que o plano de expansão divulgado anteriormente previa a inauguração de 300 novas lojas no período entre 2022 e 2024. Segundo a varejista, dessas 300 lojas, 121 já foram abertas até setembro de 2023 e 11 estão previstas para serem inauguradas no quarto trimestre de 2023, totalizando 132 novas lojas (99 de proximidade e 33 supermercados).
“O GPA decidiu rever o prazo final desse plano de 2024 para 2026, devido a considerações sobre a otimização do nível de investimentos da companhia, objetivando o melhor retorno possível para o acionista, dadas as condições de mercado mais recentes. Assim, devemos ter as 168 lojas remanescentes sendo inauguradas entre janeiro de 2024 e dezembro de 2026, sendo 151 de proximidade e 17 Supermercados”, afirma a empresa.
O GPA ressalta que as projeções e estimativas apresentadas refletem o atual plano estratégico e financeiro da companhia e podem ser alteradas por eventuais mudanças nesses planos, inclusive ocasionadas por impactos decorrentes de fatores macroeconômicos e políticos internos ou externos. “Essas estimativas não constituem promessa de desempenho”, diz a empresa.
Terceiro trimestre
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 1,295 bilhão no terceiro trimestre de 2023, um valor quase quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2022. O número inclui o resultado das operações descontinuadas, principalmente dos hipermercados e o Grupo Éxito. Sem o Éxito, a empresa teve um lucro líquido consolidado de R$ 809 milhões, revertendo prejuízo de R$ 229 milhões do terceiro trimestre do ano passado
A respeito da diferença no lucro líquido continuado, a empresa afirma que ele foi impactado por efeito não caixa pela reversão do provisionamento de R$ 804 milhões de prejuízos acumulados do perímetro internacional (Cnova). Se excluído esse efeito, o lucro líquido continuado seria de R$ 5 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado foi de R$ 1,137 bilhão, uma alta de 478% em relação a um ano antes. Se contar apenas a operação do Novo GPA Brasil e excluir impactos do Cnova, o Ebitda é de R$ 333 milhões, alta anual de 32,1%. Já a receita líquida cresceu 9,7% ante o terceiro trimestre de 2022 e fechou em R$ 4,742 bilhões.
As margens da companhia aumentaram. A margem bruta cresceu 1,3 ponto porcentual(pp), para 25,1%. Já a margem Ebitda ajustada consolidada teve alta de 19,4 pp, para 24,0% e a margem Ebitda somente do GPA Brasil foi de 7%, uma alta de 1,2 pp.
Na bandeira Pão de Açúcar, as vendas mesmas lojas (SSS) subiram 7,2% ante o terceiro trimestre de 2022. Segundo o GPA, o crescimento foi impulsionado pelo volume, já que houve forte deflação em alguns itens alimentares. A categoria de perecíveis foi o destaque, especialmente pela venda de frutas, verduras, legumes e açougue.
Com informações de Estadão Conteúdo (Caroline Aragaki e Beth Moreira)
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