As vendas do comércio no Brasil caíram 3,5% em dezembro, conforme o Índice do Varejo Stone (IVS). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma retração de 1,7%. O IVS, que monitora mensalmente a movimentação no varejo, é desenvolvido pela Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros.
O comércio digital teve alta de 3,4% em dezembro, enquanto o comércio físico registrou uma queda de 4,2%. No acumulado anual, o comércio digital subiu 7,7%, enquanto o comércio físico caiu 2,1%.
Segmentos
Todos os segmentos analisados registraram quedas mensais. O setor de Tecidos, Vestuário e Calçados caiu 7%, seguido por Móveis e Eletrodomésticos (6,4%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (4,5%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (3,7%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (3,3%), Artigos Farmacêuticos (2,3%), Combustíveis e Lubrificantes e Material de Construção (1,8%).
No acumulado de 2024, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes teve o melhor desempenho, com alta de 3,1%, seguido por Artigos Farmacêuticos (2,5%). Móveis e Eletrodomésticos subiram 1,1%, enquanto Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico tiveram um leve crescimento de 0,3%.
Entre os resultados negativos, estão Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (1,8%). Tecidos, Vestuário e Calçados (0,6%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (0,5%), e Material de Construção (0,2%).
Destaques regionais
Cinco estados apresentaram crescimento anual, liderados por Roraima (3,9%), seguido por Sergipe (3,5%), Rondônia (2,2%), Pará (1%) e Goiás (0,9%). Já 21 estados tiveram retrações, com Santa Catarina liderando as quedas (7,1%), seguido por Paraná (4,8%), Rio Grande do Sul (4,7%), Mato Grosso e Rio de Janeiro (4,6%), entre outros. O Distrito Federal também registrou queda de 4,3%.
Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, comentou: “Considerando a trajetória e a performance do varejo ao longo do ano, estimamos que o comércio vendeu 2,3% a menos que o esperado para a semana do Natal, o que explica parte da queda de dezembro. Contudo, o resultado não foi suficiente para reverter os ganhos de 2024, que teve alta acumulada de 0,6%”.
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