“Este novo cenário está acelerando a criação de ecossistemas, colaboração e parceiras”, afirma presidente do Grupo Ri Happy

Héctor Nunez

Em meio à crise que assola o país, muitas companhias precisaram adaptar seus negócios para tentar reduzir os prejuízos causados pela crise decorrente do novo coronavírus. A Ri Happy, por exemplo, maior varejista brasileira especializada no segmento, sentiu a crise na pele. Todas as suas lojas físicas, localizadas sobretudo em shopping centers, estão inacessíveis desde 20 de março.

Para sobreviver aos meses desafiadores, a rede investiu em sua experiência online. Antes do agravamento da crise do coronavírus no Brasil, 8% das vendas da Ri Happy vinham dos canais digitais. Agora, a fatia deve aumentar, contou Héctor Núñez.

No entendimento do presidente do Grupo Ri Happy, que tem 284 lojas no Brasil com as bandeiras Ri Happy e PBKids, a transformação digital não pode ser resumida apenas na abertura de uma loja online ou na digitalização de um negócio físico.  “Não é só ter um e-commerce ou uma loja. É a junção dos dois ativos. A loja vai passar por uma transformação. Vai ser onde o consumidor terá uma experiência e onde vai servir como um centro de distribuição”, disse.

A Ri Happy aproveita a força do faturamento do e-commerce, que duplicou no período da pandemia, para transformar sua mão de obra, em grande parte parada por causa da pandemia, em seus revendedores virtuais. Qualquer um dos quatro mil funcionários da empresa está promovendo os produtos disponíveis no site da Ri Happy em sua rede de contatos, ganhando uma comissão sobre cada venda conquistada.

“A gente planejava lançar esse modelo nos próximos meses, mas, com a chegada da pandemia, aceleramos o projeto e lançamos agora”, explicou Núñez, que disse ainda que este novo cenário está intensificando e acelerando a criação de ecossistemas, colaboração e parceiras.

Durante a live o executivo contou que não é possível comparar o Brasil com os Estados Unidos, pois temos uma estrutura de varejo diferente. Ele explicou que por lá as lojas e hipermercados são muito grandes, enquanto aqui não. “O Brasil tem a cultura de oferecer serviço aos clientes e não espaços gigantes, como lá. Por aqui sempre nos dedicamos ao excelente atendimento ao consumidor por meio varejistas especializados. Nosso mercado é menor, mas muito mais saudável”, disse.

No final de 2019 cinco unidades do Extra Hiper em São Paulo passaram a ter espaços da Ri Happy, que oferecem um mix de cerca de mil produtos, dentre os mais buscados da categoria e os melhores lançamentos. Os espaços da marca nas lojas Extra variam entre 125 m² e 350 m². A iniciativa é parte da estratégia Store in Store adotada pela rede varejista desde 2017 e a ideia é ampliar as unidades.

* Imagem reprodução

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