Volume de vendas do comércio cai 0,6% em abril

De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio, realizada pelo IBGE, o volume de vendas do comércio caiu 0,6% em abril, na comparação com o mês de março. Este é o pior resultado para o período desde 2015, quando houve uma queda de 1%. O setor ficou 7,3% abaixo do pico atingido em outubro de 2014.

“De janeiro a abril não acumulou nada. É como se o ano de 2019 não tivesse dado nenhuma contribuição para a recuperação da trajetória de queda iniciada em 2014”, analisou Isabella Nunes, gerente da pesquisa.  Com essa pequena evolução, o varejo ainda está no patamar de dezembro do ano passado.

Cinco das oito atividades do comércio analisadas apresentaram queda. Vestuário caiu pelo segundo mês e hipermercados pela terceira vez consecutiva. “São atividades que já vêm mostrando perda de ritmo. O hipermercado, que responde pelo maior peso na pesquisa, já acumula uma queda de 3,4% de fevereiro a abril”, afirmou Isabella.

O setor farmacêutico que cresceu durante dois meses seguidos, sofreu queda de 0,7%. Este resultado se deve ao reajuste dos preços dos medicamentos em abril, que saíram da deflação em março para um aumento de 2,25% em abril. De acordo com Isabela, “provavelmente houve antecipação das compras em março, já que foi amplamente divulgado que haveria o aumento oficial determinado pelo governo”.

Os outros dois segmentos que contribuíram para uma queda do volume de vendas foram artigos de uso pessoal e doméstico e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com quedas de 0,4% e 8%, respectivamente.

20 das 27 unidades da federação apresentaram queda no volume de vendas, com baixas mais significativas na Paraíba (-3,5%), Rio de Janeiro (-2,8%) e Pará (-2,6%).

O varejo ampliado, que considera venda de veículos e material de construção permaneceu estável em abril, após apresentar crescimento de 1,1% em março. As vendas do setor de veículos apresentaram leve alta de 0,2%, após crescimento de 4,3% em março. Já o segmento de material de construção aumentou 1,4%, quarta taxa positiva consecutiva.

* Imagem reprodução

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