Por Rodrigo Anunciato*
Estamos em pleno momento de transição. Seja devido ao atual cenário político, econômico, social, ou mesmo por suas consequências, a realidade das organizações vem mudando drasticamente e deve mudar ainda mais nos próximos anos, mesmo com a tão aguardada retomada da economia.
As equipes de trabalho, antes inchadas e repletas de profissionais, dão cada vez mais lugar a times enxutos, multitarefas e que em muitos casos, vem trabalhando por vários para manter as empresas ativas.
Esse processo, marcado por inseguranças e incertezas, trouxe uma grande lição para todos nós: é possível fazer mais e melhor, mesmo com equipes reduzidas.
No entanto, para isso não basta apenas garantir a manutenção dos empregos, algo cada vez mais fundamental no atual cenário devido às incertezas deste momento, mas é preciso ir além.
Uma boa forma de se fazer isso é por meio do estímulo às equipes.
Sabemos que este é um trabalho árduo e que requer cada vez mais empenho dos líderes no sentido de reforçar a todo o momento os reais objetivos e expectativas da empresa.
Mas só isso não basta. É preciso ir além e estimular cada profissional a buscar algo maior e que justifique seus esforços e empenhos para a conquista de resultados, pois caso contrário, a pressão cada vez maior pela excelência na execução acaba por desmotivar.
Joey Reiman, um dos maiores especialistas na área de liderança, marketing e inovação por propósitos e eleito pela revista Fast Company como uma das “100 pessoas que vão mudar o modo como o mundo pensa”, é autor de vários livros, dentre eles “Propósito – Por Que Ele Engaja Colaboradores, Constrói Marcas Fortes e Empresas Poderosas”.
Em uma de suas publicações, Reiman destaca seis lições sobre propósito:
1 – Propósito não é o que te tira da cama no meio da noite: é o que te faz sair da cama pela manhã;
2 – Marcas sem propósito fazem dinheiro, marcas com propósito fazem a diferença;
3 – Propósito transforma marcas em um significado maior. E se você não tem algum significado maior hoje, você não significará nada no futuro;
4 – Pessoas que procuram por um propósito não olham para o futuro, olham para o passado. Então, vá para trás para ir para frente;
5 – Propósito é um “porquê” e não um “o quê”;
6 – “Nunca se case com alguém que não é amigo do seu entusiasmo”.
Com a chegada dos millennials ao mercado de trabalho, cada vez mais o mundo dos negócios vai sentir a importância de se ter e disseminar propósitos.
Por isso, uma valiosa forma de sair na frente é estimular seu time na busca por seus propósitos. Uma boa forma de se fazer isso é por meio do reconhecimento e da valorização. Não estamos dizendo aqui que a cada passo o profissional deve receber um elogio, mas em momentos em que se fez de fato a diferença, seja com uma ideia ou uma entrega é importante que se tenha um retorno a respeito.
Este tipo de atitude tem um grande valor para quem recebe a informação e promove a convicção de que se está caminhando para o rumo certo e de forma alinhada ao propósito pessoal e da organização.
Segundo o filósofo Mário Sérgio Cortella, o reconhecimento é uma forma de “dar a energia vital ao funcionário para continuar fazendo e seguindo em frente”, evitando interpretações errôneas como “não ser mandado embora já é um elogio” ou “o silêncio é a melhor maneira de dizer que está tudo em ordem”.
Pense nisso!
*Rodrigo Anunciato (rodrigo.anunciato@gsmd.com.br) é gerente de Soluções e Projetos da GS&MD – Gouvêa de Souza