Produção industrial e vendas no varejo da China sobem mais que o esperado

A China registrou em novembro o ritmo mais forte de vendas no varejo do ano, enquanto o aumento da produção de aço impulsionou a atividade industrial, embora o investimento privado tenha começado a desacelerar de novo, deixando a economia mais dependente de gastos públicos e da dívida.

Após um início de ano agitado, a economia da China tem apresentado desempenho melhor do que o esperado e deve atingir a meta de crescimento do governo de 6,5 a 7% diante dos gastos mais altos do governo e do boom da construção.

A produção industrial da China cresceu 6,2% em novembro ante o ano anterior, enquanto as vendas no varejo saltaram 10,8%, ambas superando as expectativas.

Analistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 6,1% da produção industrial, mesma taxa de outubro. Já a expectativa para as vendas no varejo era de alta de 10,1%.

O crescimento dos investimentos em ativo fixo foi de 8,3% no período entre janeiro e novembro, disse a Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira, mesmo ritmo dos primeiros 10 meses do ano e em linha com as estimativas de analistas.

Entretanto, a diferença entre os gatos estatais e privados destacou os persistentes desequilíbrios na economia.

O investimento de empresas privadas desacelerou em novembro, revertendo uma recente recuperação de mínimas recordes, o que está colocando mais pressão sobre as empresas estatais para reduzir a capacidade ociosa e despertando temores de que o ímpeto econômico deste ano não será sustentável.

O crescimento do investimento privado caiu para 4,93% em novembro na comparação anual, ante 5,9% em outubro, de acordo com cálculos da Reuters, sugerindo que as empresas privadas continuam a enfrentar dificuldades.

 De fato, as empresas estatais mantiveram o ritmo forte de gastos, impulsionando os investimentos em 20,2% entre janeiro e novembro, embora o ritmo tenha desacelerado ligeiramente sobre janeiro a outubro.

Os gastos do governo subiram 12,2% em novembro após caírem em outubro, informou nesta terça-feira o Ministério das Finanças.

Os principais líderes do país devem detalhar sua agenda econômica e de reformas para 2017 durante a Conferência Central de Trabalho Econômico ainda neste mês.

Fonte: Reuters

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