Com “festa na caixa” e ticket maior, empresa de decoração se renova na pandemia

No mercado há 12 anos, a La Lutti se reinventou e criou novos modelos de festas

No mercado há 12 anos, a La Lutti Decorações fornecia 95% dos seus serviços a buffets, em especial para festas infantis. Até a pandemia de covid-19 pegar o setor em cheio e forçar o cancelamento de todas as comemorações. Passado o susto inicial, a saída encontrada pelos sócios Georgios Galanos e Bianca Guimarães foi apostar em decorações menores, contato direto com o consumidor e muita divulgação nas redes sociais.

“Em março de 2020, tínhamos 350 festas marcadas e uma foi sendo cancelada atrás da outra. Todos os buffets fecharam. Nós ficamos os seis primeiros meses sem rumo, porque não havia muito o que fazer”, conta Galanos.

Os empresários tiveram, então, a ideia de oferecer decorações para espaços menores. Lançaram o que chamam de Party Box. “É uma caixa que vai toda fechada, como se fosse uma caixa de presente, e quando é aberta ela se transforma na decoração da festa. Pode ser montada num apartamento ou numa casa. Com as ‘festas na caixa’, voltamos a operar.” Desde então, foram dezenas de aniversários, pedidos de casamento, chás de revelação, entre outras festas decoradas pela La Lutti.

Nas festas menores, os móveis em estilo provençal dão lugar a cubos e cilindros que fazem as vezes de mesa. “Reaproveitamos os personagens, mas, em plena pandemia, tivemos de investir no nosso acervo”, conta Georgios Galanos.

Os próprios buffets reviram seus modelos e, hoje, mesmo com a abertura para festas maiores, continuam pedindo o modelo compacto de decoração, afirma o fundador da La Lutti. Muitos consumidores também optam por confraternizações menores e hoje os espaços são alugados para grupos a partir de 30 pessoas.

A demanda reprimida e o fim das restrições de circulação estão animando o setor neste fim de ano. A expectativa de Galanos é que a La Lutti promova 250 festas em dezembro. Apesar de o número estar um pouco mais baixo do que a média pré-pandemia, que era de 300, o ticket aumentou, até porque agora a empresa também fala direto com o consumidor final, sem a necessidade de intermediários, pelas redes sociais e pelo WhatsApp.

“Nossa expectativa é muito boa. O telefone está tocando de novo. As pessoas estão animadas”, comemora. “Até o meio do ano que vem, prevemos dobrar nosso faturamento.”

Imagens: Divulgação

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