A rede americana de lanchonetes Shake Shack pretende mais que quadruplicar seu número de unidades nos Estados Unidos, enquanto trabalha para aumentar a lucratividade de seus restaurantes. Durante a apresentação dos resultados preliminares do quarto trimestre na conferência de investidores ICR, em Orlando, o CEO Rob Lynch destacou que as vendas nas mesmas lojas cresceram 4,3% e as margens dos restaurantes aumentaram quase 300 pontos-base, atingindo 22,7%, o maior nível para um quarto trimestre desde 2017.
As receitas do trimestre subiram 15%, totalizando US$ 329 milhões, com volume médio por unidade de US$ 4,1 milhões.
Embora o tráfego do quarto trimestre não tenha sido divulgado, a CFO Katie Fogertey indicou que os detalhes serão apresentados no relatório de resultados regular. Lynch mencionou que o tráfego estava em território positivo no terceiro trimestre, com projeções favoráveis para o quarto trimestre.
A expansão planejada marca uma transformação para a Shake Shack, que, de uma marca conhecida por suas localizações em centros urbanos, busca competir no mercado de fast-food com a introdução de drive-thrus. Desde sua abertura de capital em 2015, a rede, que então possuía apenas 31 unidades nos Estados Unidos, visa alcançar 450 unidades domésticas, objetivo que Lynch considerava “aspiracional” na época. Hoje, a Shake Shack conta com 329 locais próprios e 250 licenciados, tendo adicionado 76 restaurantes em 2024.
Para o ano de 2025, a expectativa é abrir entre 80 e 85 novos restaurantes, sendo cerca de 45 operados pela empresa, o que representa um crescimento de receita de aproximadamente 14% a 15% ano a ano. A expansão incluirá novas localidades nos subúrbios americanos e formatos menores que possam aproveitar novas oportunidades imobiliárias. Lynch ressaltou que alcançar a meta de 1.500 unidades exigirá mudanças no modelo de negócios e novas abordagens para alcançar as aspirações da empresa.
Fogertey destacou que Lynch traz uma experiência voltada para escalabilidade, relevante para a expansão planejada. A COO Stephanie Sentell e o novo diretor de tecnologia, Justin Mennen, também possuem habilidades para impulsionar o crescimento da rede.
Evolução do modelo operacional
A melhoria operacional inclui a aceleração dos drive-thrus, com redução dos tempos de espera e a introdução de novos equipamentos para aumentar a eficiência. A rede também está desenvolvendo sua infraestrutura para atrair e treinar gerentes para as novas unidades.
A evolução do modelo operacional busca tornar a Shake Shack mais eficiente, com a implementação de um novo sistema de gestão de trabalho e um quadro de desempenho para as unidades. A COO Sentell estabeleceu critérios claros para medir e comparar o desempenho de todas as unidades.
Para os próximos anos, a empresa projeta crescimento de receitas e unidades na casa de dois dígitos baixos, com margens de lucro de pelo menos 22%. As vendas nas mesmas lojas para o ano fiscal de 2025 estão projetadas para subir cerca de 3%.
Com informações de Restaurant Business (Lisa Jennings).
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