Brasileiros já pagaram R$ 500 bi em impostos, alta de 16,4% em comparação com 2023

O Impostômetro registra meio trilhão nove dias mais cedo em comparação ao ano passado

O Impostômetro atingiu a marca de R$ 500 bilhões em impostos pagos pelos contribuintes brasileiros nesta quarta-feira, 14. O painel, instalado da sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro da capital paulista, contabiliza em tempo real as taxas cobradas pela Prefeitura, pelo governo estadual e federal.

De acordo com a associação, foi registrada uma alta de 16,4% em impostos pagos em comparação com 2023.

Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, ressalta que “esse acréscimo é resultado tanto da elevação da inflação nos preços dos bens, em um ambiente onde o sistema tributário penaliza consideravelmente o consumo, quanto do aumento mais substancial da atividade econômica”.

De acordo com o Impostômetro, foram destinados R$ 331,6 bilhões à esfera federal, R$ 137,3 bilhões para a esfera estadual e R$ 31,1 bilhões referentes à esfera municipal, totalizando meio trilhão.

A marca, alcançada nove dias mais cedo em comparação ao ano passado, corresponde aos valores de impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.

No mesmo período de 2023, o montante alcançado foi de R$ 429,6 bilhões, sendo R$ 285 bilhões destinados à esfera federal, R$ 117,9 bilhões para a esfera estadual e R$ 26,7 bilhões referentes à esfera municipal. O ano fechou em mais de R$ 3 trilhões arrecadados em todo País, quando este total foi atingido no Natal de 2023.

Para as expectativas de 2024, o especialista Ruiz de Gamboa observa: “Ao considerar as estimativas para 2024, esperamos um crescimento da arrecadação mais moderado, em torno de 3,0%, devido à perspectiva de uma expansão econômica menos acentuada e uma inflação mais contida.”

É possível acompanhar em tempo real e online o valor dos impostos pagos pelos brasileiros no site do Impostômetro.

Impostômetro

O Impostômetro foi criado pela ACSP em 2005 com o objetivo de conscientizar a população sobre os encargos cobrados e arrecadados pelos governos e, dessa forma, cobrar pelo retorno em serviços públicos de qualidade.

Imagem: MERCADO&CONSUMO

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