O número de brasileiros que fazem compras pelo e-commerce já alcança 63% da população conectada à internet. Em 2019, antes da pandemia, a participação era de 56%. E o volume de compras mais do que dobrou nesse período, segundo a pesquisa E-Shopper Barômetro 2021, realizada pelo DPDgroup, controladora da Jadlog, com 1.566 consumidores.
Impulsionados pela pandemia, os novos consumidores no e-commerce cresceram 17% nesse período. Em média, foram feitas 16 compras por ano, um aumento de 128% em relação a 2019. A pesquisa identificou dois principais tipos de perfis de consumidores brasileiros: os recorrentes (ou addict e-buyer), que representam 15% do total, e os millennials, que são 54% dos compradores.
Os compradores recorrentes são responsáveis por 51% de todas as compras do varejo online. Receberam, em média, 6,5 encomendas no último mês, 2,3 a mais do que no levantamento passado. Eles compram produtos de todos os tipos de categoria, mas a sua cesta evoluiu para maior frequência de alimentos frescos, mercearia de supermercado, beleza e saúde.
Esta perfil de consumidor é composto por 70% do sexo feminino, com idade média de 36,8 anos, e 93% vivem em áreas urbanas das cidades. Possuem conhecimento de tecnologia, são conectados, buscam promoções e são apaixonados pelas compras pela internet.
Os millennials representam hoje mais da metade dos e-shoppers brasileiros e estão comprando mais: já respondem por 58% de todas as compras online. Adquirem uma gama maior de produtos e recebem entre 3 e 4 encomendas por mês, 1,2 encomendas a mais do que em 2019.
Assim como os recorrentes, estão comprando produtos de beleza e saúde, remédios, produtos de mercado e alimentos e bebidas frescas. São 63% do sexo feminino, com idade média de 27,8 anos, e 87% deles vivem em áreas urbanas.
Sites internacionais
O volume de compras em sites internacionais tem crescido e já representa 57% do total, especialmente no varejo online da China e dos Estados Unidos. A pesquisa identificou também um aumento de consumidores que compram pelo smartphone, passando de 77% para 86%. Outra tendência apontada é o número de inscritos em programas de fidelidade de algum varejista online, que passaram de 7% para 16% dos entrevistados.
Entre as preferências apontadas pelos entrevistados, destacam-se a eficiência logística, com a oferta de novas opções de entrega; e a preocupação ambiental, com 74% apontando a necessidade de que marcas e empresas sejam ambientalmente responsáveis.
“Os consumidores estão cada vez mais atuantes no e-commerce e, ao mesmo tempo, mais exigentes em relação à toda experiência de compra, seja no âmbito de alternativas de entregas quanto nos requisitos de sustentabilidade. Por isso, é fundamental os players deste mercado desenvolverem serviços e soluções que tragam opções, conveniência, facilidade e interação, bem como ganhos em sustentabilidade para toda a cadeia”, afirma Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.
Produtos mais comprados
Desde janeiro de 2021, os três principais tipos de bens comercializados pela internet no País foram os produtos de saúde e beleza, com 35%; itens de moda, com 38%; e calçados, comprados por 35% dos entrevistados.
As categorias que mais cresceram desde 2019 foram comida fresca e bebidas, incluídas na cesta de compras de 26% dos entrevistados, contra 9% em 2019; mercado e mercearia, item que saltou de 7% para 17%; medicamentos e produtos de saúde (de 19% para 25%); acessórios e bijuterias (de 9% para 15%); e produtos relacionado ao lazer (de 7% para 12%).
Já as compras dos livros caíram de 31% para 26% na cesta dos consumidores; e CDs, DVDs e vídeo game recuaram de 8% para 6%.
Preferências na logística de entregas
O delivery em casa continua sendo a modalidade de entrega mais pedida, com 86% da preferência, seguida pelo local de trabalho, com 12%.
As retiradas de mercadoria fora de casa, por sua vez, vêm sendo mais solicitadas e tiveram um incremento significativo nos últimos anos, de modo que os pontos de correio como os PUDOs (Pick up Drop off) tiveram 11% de preferência, em comparação a apenas 5% em 2019. A retirada na própria loja do varejista representou 10% das escolhas.
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