Varejo brasileiro recua 1,6% em março, puxado por queda de 12,9% no e-commerce

Apenas o setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo registrou alta nas vendas na comparação mensal

Varejo brasileiro recua 1,6% em março, puxado por queda de 12,9% no e-commerce

As vendas do varejo brasileiro voltaram a cair em março. Segundo o Índice do Varejo Stone (IVS), houve queda de 1,6% em relação a fevereiro, com recuo ainda maior na comparação anual: -1,8%. O comércio digital puxou a queda, com baixa mensal de 12,9%, enquanto o físico teve variação negativa mais branda, de 0,1%.

Apenas um dos oito segmentos analisados registrou alta nas vendas na comparação mensal: o setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo, com crescimento de 2,2%. Os demais setores do varejo tiveram queda, com destaque negativo para Material de Construção (-5,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,4%) e Móveis e Eletrodomésticos (-2,7%).

No recorte anual, o setor de Material de Construção liderou os ganhos com alta de 3,2%, seguido por Combustíveis e Lubrificantes (2,3%). Os demais segmentos registraram retração, sendo o mais afetado o de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, com queda de 13,6%.

“O mercado de trabalho ainda mostra força, mas começa a dar sinais de desaceleração, principalmente no setor informal. A inflação segue pressionada, e as famílias estão mais endividadas. Esse aperto no orçamento ajuda a explicar a perda de ritmo do varejo nos últimos quatro meses”, afirma Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.

A análise regional mostra que apenas sete estados apresentaram crescimento nas vendas na comparação com março de 2024. Acre (2,1%), Pará (1,7%) e Goiás (1%) foram os destaques positivos. Já o Rio Grande do Sul teve a maior retração, de 8,2%, seguido por Rondônia (-5,5%) e Rio Grande do Norte (-5,2%). O Maranhão foi o único estado a registrar estabilidade (0,0%).

Imagem: Envato

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