Varejista deve mesclar experiência online e offline para se diferenciar

Em palestra no Latam Retail Show, Amanda Lai, da McMillanDoolittle, citou 3 pilares para se destacar: valor extremo, conveniência extrema e experiência extrema

Varejista deve mesclar experiência online e offline para se diferenciar

Na pandemia, com as pessoas isoladas socialmente, as vendas no varejo ocorreram de maneira desigual. Nos Estados Unidos, em 2020, enquanto os supermercados tiveram um crescimento de 12% nas vendas e as lojas de bebidas cresceram 18%, as de roupa, sapatos e de departamentos tiveram um crescimento negativo, segundo dados da McMillanDoolittle. Com a vacinação e a abertura parcial das lojas, em 2021, esses mercados também se recuperaram.

Agravados pela guerra na Ucrânia, em 2022, inflação, estoques e desabastecimentos são os desafios da vez. Em palestra no segundo dia do Latam Retail Show, Amanda Lai, gerente de consultoria sênior e líder de varejo de alimentos da McMillan Doolittle, destacou que as regras do varejo estão mudando e, para se diferenciar, o varejista deve focar em 3 pilares: valor extremo, conveniência extrema e experiência extrema.

“O valor extremo é definido por preços mais baixos com um ambiente que possa captar a atenção do cliente”, diz. Como exemplo, Amanda citou a rede de clube de vendas Costco, que usa marcas private label associadas à qualidade para oferecer bons preços. Além disso, o varejista pode trabalhar com programas que fidelidade que oferecem valor e experiência ao cliente.

Tendência que cresceu com a pandemia, a conveniência ao extremo é definida por Amanda como tudo facilita a jornada do consumidor, como a possibilidade de comprar online e retirar na loja ou receber em casa, totens de autoatendimento e tecnologias como self-checkout.

Valor ao cliente

Outro modelo que facilita essa conveniência e geram valor ao cliente é o store in store, como uma livraria dentro de um café ou um pet shop em um supermercado. A ideia principal é um estabelecimento complementar o outro, um se beneficiar do fluxo do outro.

Já a experiência extrema é a possibilidade de interação com o cliente, seja online ou offline, com customização de produtos e interação com a marca. “Até 2021, os fãs de Harry Poter só conseguiam interagir com a marca através dos filmes ou vídeos. Ao lançarem a loja em Nova York, eles elevaram a relação com o cliente em um outro patamar”, afirma.

Amanda destaca que, em vez de tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo, os varejistas podem focar em um desses 3 pilares para se destacar. ”Quando ele tenta fazer demais, acaba ficando razoável em tudo. Ele deve pensar qual é o seu cliente para saber o pode fazer para se diferenciar”, diz.

Imagem: Larissa Féria

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