Que a vida corporativa mudou desde o fatídico março de 2020 não é novidade. E apesar de tudo parecer como antes, os meses (ou anos) do “novo normal” nos deixaram cicatrizes. Uma delas é o cansaço.
Todos nós estamos cansados. Ou melhor, 77% de líderes de RH entrevistados ao redor do mundo pelo Gartner afirmam que suas equipes estão cansadas e os motivos estão associados a mudanças constantes: trabalhar ora totalmente à distância, ora híbrido, modificações em processos e time de trabalho e uma cultura organizacional que perdeu força no meio do caminho.
O estudo do Gartner que avalia o cenário que vamos enfrentar em 2024 também mostra que os colaboradores fatigados relatam 42% menos intenção de ficar na empresa e que os níveis de confiança da relação “empresa-colaborador” caíram 30%. Tudo isso afeta o produto final.
Mas como identificar se é mesmo o cansaço que causou a baixa de produtividade? A resposta está na eficiência dos gestores!
Uma liderança atenta e que conduz os negócios com olhar humano, promove espaços seguros para que relatos de exaustão aconteçam a tempo de executar um plano de ação. Estabelecer reuniões “one-on-one” com periodicidade faz parte do processo, mas é também preciso estar aberto a ouvir a todo momento.
O meu conselho de quem viveu em redações de jornais, nos bastidores dos maiores canais de televisão do país, e que agora lidera uma startup é que você invista no desenvolvimento real das suas lideranças.
Um bom líder faz diferença e vai salvar a sua empresa da epidemia do cansaço.
Rodrigo Maia dos Santos é CEO da Gonow1.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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