Expo NRF 2018: Mais sinergia e consistência, menos disrupção

Se nos palcos da NRF brilham palestrantes e tendências, é a Expo, a gigantesca área da feira que toma a maior parte do pavilhão, que se torna o palco principal de empresas e prestadores de serviços.

Pedro Padis, diretor da Omnistory e colunista do Portal Mercado & Consumo, e eu, Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP, visitamos e avaliamos praticamente todos os estandes, verificando as soluções e, principalmente, as tendências do que será implantado nos próximos anos.

Tivemos algumas surpresas e algumas decepções.

Nossa expectativa era grande. Estávamos esperando ver questões como a realidade virtual, inteligência artificial e deep learning exploradas de forma mais intensa.

É uma feira que ficou evidenciado o foco em otimizar os processos e custos e integrar cada vez mais as informações. O consumidor não é mais uma incógnita, mas o varejo ainda parece precisar, e muito, conhecer sobre seu comportamento e a maneira como ele compra e interage com as marcas.

Se nos últimos anos estivemos falando fortemente sobre analytics e big data, o analytics parece ainda estar forte na maioria das soluções e explicações, mas há poucas respostas a serem oferecidas, e a inteligência artificial, que poderia facilitar o desenvolvimento dessas respostas, ainda parece estar nas mãos das grandes empresas, como IBM e Microsoft.

A realidade virtual pura parece perder espaço para a realidade aumentada e a realidade mista, uma experiência de fusão entre ambas, que aparece em algumas propostas, como vitrines e provadores virtuais.

As áreas de startups apresentam soluções bem interessantes e parecem ainda dar algum vigor à inovação.

Parece que o momento é o de colheita. O de inovar menos, e buscar mais sinergias entre o que hoje já está existente. As apostas estão mais centradas em tecnologias e soluções, que, de alguma forma, se mostram com maior consistência.

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