Haddad diz que acompanha com equipe a crise do Credit Suisse

Ministro da Fazenda disse que também segue desdobramentos do fechamento do Silicon Valley Bank e do Signature Bank

Haddad diz que acompanha com equipe a crise do Credit Suisse Inflação

Ministro Fernando Haddad na Fiesp

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 15, que está acompanhando com sua equipe a crise no banco suíço Credit Suisse. Questionado por jornalistas se ele havia entrado em contato com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para falar sobre o assunto, ele sinalizou positivamente.

O fato de que o principal acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank, descartou dar mais assistência financeira ao banco suíço detonou nesta quarta-feira nova onda global de aversão ao risco.

Na segunda-feira, 13, Haddad disse que acompanhava os desdobramentos do fechamento do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, os maiores bancos americanos a quebrarem desde a crise de 2008.

O ministro relatou ter entrado em contato com Campos Neto no fim de semana para debater o tema.

Negativa de banco saudita

As ações do banco Credit Suisse operam em forte queda na manhã desta quarta-feira, 15, após o principal acionista da instituição suíça, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, descartar a hipótese de oferecer mais assistência financeira à instituição.

“A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”, disse o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, em entrevista à Bloomberg TV.

Por volta das 6h50 (de Brasília), o papel do Credit Suisse tinha queda de 10% na Bolsa de Zurique.

Na terça-feira, 14, o Credit Suisse havia dito ter identificado “fraquezas significativas” na divulgação de resultados financeiros dos últimos anos em função de controles internos ineficientes.

No relatório anual de 2022, o banco suíço disse que sua liderança, incluindo o CEO Ulrich Körner e o diretor financeiro Dixit Joshi, que começaram a trabalhar na instituição no ano passado, concluiu que seus controles não são eficientes.

Apesar das falhas, o Credit Suisse disse que suas demonstrações financeiras “representam razoavelmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira consolidada do grupo”.

Com informações de Estadão Conteúdo (Eduardo Rodrigues).
Imagem: Shutterstock

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