Hub de saúde, farmácia do futuro se transforma em destino de autocuidado e bem-estar

Novas categorias e serviços ganharam relevância nos estabelecimentos de saúde

Hub de saúde, farmácia do futuro se transforma em destino de autocuidado e bem-estar

Sair de um modelo de sickness para o wellness. Com a proposta de ir além da simples dispensação de medicamentos, a farmácia do futuro se transformou em um ecossistema de saúde e bem-estar ao integrar tecnologia, serviços e conveniência.

“A ideia é que as pessoas venham à farmácia não apenas para tratar doenças, mas também para adquirir suplementos, vitaminas e outros produtos que promovam um estilo de vida saudável”, afirma Gean Martins, CEO da GMartins Consultoria, em palestra na Conexão Farma, que aconteceu entre os dias 12 e 14 no Expo Center Norte, em São Paulo. A MERCADO&CONSUMO foi media patner do evento e fez uma cobertura especial.

Com essa proposta, outras categorias têm ganhado relevância nas gôndolas da farmácia, como higiene pessoal e cosméticos, trazendo novos públicos e impulsionado o faturamento.

Como o setor teve um grande crescimento com a pandemia de covid-19, um dos principais desafios é se manter em expansão a partir de uma base alta. Em 2021, por exemplo, o consumidor comprava, em média, três itens a cada ida ao estabelecimento, com ticket médio de R$ 54,01.

Com o fim da pandemia, a compra de itens caiu para 2,5 e o ticket médio foi para R$ 41,99. A previsão para este ano é de 2,5 itens por ida às farmácias, com gasto médio de R$ 47,68.

Por outro lado, a previsão é de que o valor gasto por item passe de R$ 18, em 2021, para R$ 19,07 neste ano.

Segundo Martins, esses resultados demonstram a importância de oferecer um novo mix de produtos e serviços nos espaços. “A categoria dermo, por exemplo, sobe o faturamento da farmácia, mas é preciso entender o perfil de cliente que vai à sua loja e o que ele busca”, diz.

Com a permissão dada pela Anvisa, em 2023, para que realizem mais de 40 tipos de análises clínicas, as farmácias podem aproveitar essas idas ao estabelecimento e oferecer uma cesta de produtos e serviços.

Entre os pilares que a farmácia do futuro deve oferecer, Martins destaca 4 pontos:

Evolução digital – Entre os consumidores que utilizam os canais digitais, o WhatsApp é o preferido. Ele deve ser usado como uma ferramenta de aproximação com o cliente e de vendas;

Automação – Usar a IA para automatizar tarefas, como agendamento de funcionários, gerenciamento e estoques e processamento de pedidos de compra. O uso do CRM pode potencializar as vendas e margens;

Comunicação remota – Fornecer serviços farmacêuticos e de saúde de forma remota para atender os clientes que dificuldade de mobilidade ou que preferem a conveniência.  Como exemplo, Martins cita o esclarecimento de dúvidas sobre opções de tratamento, sugerir medicamentos de venda livre e instruções de uso de medicamento;

Mobiliário – proporciona melhor jornada de compra do cliente na loja, influenciando a tomada de decisão na conversão de compra.

Imagem: Mercado&Consumo

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