Preços abusivos no varejo têm dado trabalho ao Procon-SP

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A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou que, desde o início da quarentena, em março, o Procon-SP já notificou 16 indústrias para verificar se houve prática de preços abusivos ao varejo, após aumentos de até 75,5% para produtos da cesta básica.

Em nota, o Procon-SP informou que está fiscalizando estabelecimentos no Estado de São Paulo a fim de averiguar aumentos abusivos de preços – de 16 de março a 9 de abril, equipes percorreram 1.147 farmácias, supermercados, hipermercados e outros estabelecimentos de 107 cidades. Após as explicações das empresas, a entidade decidirá multar ou não as companhias.

“Desse total, 888 (77% do total) foram notificados a apresentar notas fiscais de venda ao consumidor final e de compra junto aos seus fornecedores de álcool em gel e máscaras, no período de janeiro a março, para comparação e assim verificação de eventual aumento abusivo sem justa causa”, diz a nota.

A Abia, associação do setor de alimentação, tem afirmado que os aumentos, quando ocorrem, são reflexo de questões relacionadas a perdas de safras e desequilíbrios na relação oferta e demanda, com consequente alta nos preços ofertados.

A Apas informa que tem mantido entendimentos com a Secretaria da Agricultura, do Governo do Estado e com o Procon-SP, para “garantir a manutenção de preços adequados dos produtos para os consumidores”, diz em comunicado.

A entidade ainda informa que também foi verificado um movimento oposto, de redução nos preços de alguns produtos, como reflexo de uma maior oferta do item, bem como a competição da indústria.

“A Apas continua recomendando a seus supermercados associados que não alterem sua margem de lucro neste momento de pandemia e que apenas repassem o aumento da indústria. Em alguns casos, o crescimento da demanda tem prejudicado a velocidade de reposição desejada”, informa.

Sobre o comportamento do consumidor, o Procon-SP diz que os clientes podem ajudar “na manutenção dos preços comprando de maneira consciente, e não estocando além de suas necessidades do mês”.

Com informações do jornal Valor Econômico.
* Imagem reprodução

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