Cortar custos e potencializar resultados

Por Claudia Bittencourt *

Muitas empresas, devido ao cenário econômico atual, têm sentido “na pele” a necessidade de ganhar eficiência para melhorar seus resultados. Isso significa, na prática, reduzir custos – fazer mais com menos recursos.

Não é somente o enxugamento da estrutura de pessoal que proporciona redução de custos – os temidos cortes que têm aumentado as taxas de desocupação do País. Às vezes, o empresário precisa olhar para dentro e identificar oportunidades de tornar a estrutura mais eficiente.

No caso das franquias, é comum o franqueado precisar de ajuda do franqueador para entender melhor como ganhar eficiência. São geralmente pessoas com pouca experiência como gestores de negócios e precisam de apoio para ampliarem seus repertórios em administração e gestão financeira.

Em todos os mercados, no entanto, em relação a custos, é preciso ser mais assertivo ao formar sua estrutura, a seguir alguns exemplos:

Formação de preço de venda

É preciso conhecer detalhadamente todas as suas despesas para oferecer determinado tipo de produto ou serviço, sejam elas despesas fixas ou variáveis além do custo da mercadoria que você está vendendo. A partir disso, você deve calcular quanto pretende ter de lucro com cada produto ou serviço.

Para fugir da crise, não vale apenas aumentar o preço do produto, muitas vezes o consumidor não absorve esse impacto e deixa de ser seu cliente. Nesse caso, vale negociar contratos com fornecedores, estudar as datas de pagamento, prolongar prazos. Tudo isso com o objetivo único de tornar suas despesas menores e aumentar sua margem.

No caso das franquias, há de se levar em conta a recomendação da franqueadora e a política comercial da rede. Nesse mercado, é importante que o consumidor entenda o padrão da marca, e isso deve ser refletido desde o ponto de venda até o preço do produto.

Centralize as compras

Neutralizar o aspecto pessoal das negociações com fornecedores é uma forma efetiva encontrada por muitas empresas para reduzir custos. Com esse tipo de negociação, a discussão gira em torno do melhor custo x benefício e deixa a emoção e preferências pessoais de fora. Corre-se o risco, no entanto, da qualidade ficar prejudicada, pois pode-se priorizar o menor custo em detrimento de qualquer outro benefício que a empresa possa oferecer.

Nas redes de franquias, isso ocorre ainda com mais possibilidade de ganho em escala. Para anteder um grande volume de pedidos, os fornecedores tendem a fornecer descontos maiores.

Descontos

E falando do consumidor, ele também é afetado pela crise, com queda do seu poder de compra. E como consequência, a negociação de descontos costuma ser mais acirrada na hora do fechamento.  Saber até que ponto você pode chegar para não perder muito na negociação é também uma forma de ser mais racional e estratégico, focando na manutenção das margens.

Considerar seu orçamento sempre um novo orçamento

Isso significa dizer que nenhuma suposição de orçamentos anteriores seja considerada. É como se a cada novo ano, um orçamento fosse construído novamente, “do zero”. Nas empresas normalmente se considera que o orçamento do ano anterior é a plataforma da construção do orçamento do ano seguinte. E isso causa, um círculo vicioso, no qual se assumem custos antigos, e não se presta atenção em “pesos orçamentários” que são carregados de um ano para outro.

Dinheiro também custa caro

Em tempos de restrição dos recursos fornecidos pelos bancos e aumento da taxa de juros, usar recursos de terceiros pode não ser a melhor alternativa quando se precisa de capital. Usar o próprio caixa para fazer novos investimentos – claro, que com os riscos devidamente calculados – pode ser uma forma efetiva de reduzir seus custos financeiros.

Rever processos e competências

As empresas podem perder dinheiro por não terem processos claros e seguros para a realização das atividades da empresa, o que implica em baixa produtividade e perda de tempo e de recursos, e quando esses processos são realizados por pessoas cujas as competências não estão alinhadas com os resultados que se quer atingir, mais grave ainda.  Rever processos implica em rever também a estrutura organizacional e pessoas com competências adequadas para maximizar os resultados.

Investir em Tecnologia

Pode parecer estranho se falar de investimento quando se pretende reduzir custos. Mas no caso da automatização de alguns processos como contabilidade, controle financeiro, gestão de relacionamento com clientes, a empresa ganha eficiência e pode focar em atividades fim e não perder tempo com atividades administrativas e manuais como as citadas. Trata-se de um investimento que se paga num curto espaço de tempo, desde que seja implantado e utilizado por todos.

No caso das redes de franquias, as franqueadoras normalmente já indicam o software de gestão mais adequado para as unidades. E o fato de todas utilizarem o mesmo sistema, em si já representa ganho de eficiência.

Como resposta a todas essas dúvidas que podem surgir sobre como fazer uma gestão mais eficaz e voltada para resultados, foi que o Grupo BITTENCOURT em parceria com o IDEBrasil criou o GAR – Gestão Avançada para Resultados. O treinamento é composto por três módulos e nele o franqueado aprende a fazer a gestão financeira do seu negócio, entendendo e aplicando conceitos que o farão incrementar resultados, minimizar riscos, melhorar rentabilidade e ter mais chance de sucesso em suas iniciativas empreendedoras.

Franqueados de redes proeminentes como Todeschini, O Boticário, Hering, Kumon e Óticas Diniz já participaram e tiveram resultados com a aplicação dos conceitos e práticas abordadas no treinamento.

*Claudia Bittencourt (claudia.bittencourt@bcef.com.br) é sócia, fundadora e diretora-geral do Grupo BITTENCOURT

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