Fiesp cobra resposta ‘consistente e definitiva’ a apagão da Enel

A falta de energia elétrica ainda atinge 250 mil imóveis - entre casas e comércios - na Grande São Paulo

Enel

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) cobrou que a Enel cumpra todas as cláusulas do contrato de concessão, após o apagão de sexta-feira que deixou 2,1 milhões de clientes sem energia. A entidade pede uma resposta “consistente e definitiva” ao problema.

“A Fiesp conclama as autoridades para que façam a Enel-SP cumprir todas as cláusulas do contrato de concessão”, reivindicou a entidade patronal. Conforme lembra a Fiesp, a distribuidora de energia vem demonstrando incapacidade de restabelecer o fornecimento após episódios climáticos.

“Não se pode mais postergar soluções que evitem o quadro caótico atual, que tende a se agravar com a chegada das tempestades de verão”, frisa a Fiesp, acrescentando que, após o temporal de sexta-feira, mais uma vez o caos foi instaurado.

Desde que assumiu a concessão em 2018, emenda a Fiesp, a Enel teve diversas oportunidades para provar sua competência, mas falhou.

“Não se pode permitir que a região de maior desenvolvimento econômico do País não tenha uma concessionária de distribuição de energia que cumpra suas obrigações previstas no contrato de concessão e as decorrentes da essencialidade do serviço público que presta à sociedade”, conclui a nota da Fiesp.

São Paulo e região metropolitana têm 250 mil imóveis sem energia

A falta de energia elétrica ainda atinge 250 mil imóveis – entre casas e comércios – na Grande São Paulo, segundo atualização feita pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta terça-feira, 15. A quantidade de clientes afetados por municípios ainda está em apuração pela empresa.

A companhia diz que reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados. O governo federal determinou auditoria da empresa e deu nesta segunda-feira (14) prazo de três dias para que o serviço seja restabelecido.

Na segunda-feira, também anunciou que operadores de unidades da Enel de outros países foram convocados pela distribuidora para ajudar no trabalho de restabelecer a energia elétrica em São Paulo e em demais cidades da região metropolitana da capital, afetadas pelo temporal da sexta-feira, 11.

No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h. As cidades mais afetadas foram São Paulo, Cotia e Taboão da Serra.

Até as 6h desta terça-feira, cerca de 1,8 milhão de clientes tiveram a energia restabelecida. “Técnicos da distribuidora seguem atuando para restabelecer o serviço para cerca de 250 mil clientes na região metropolitana de São Paulo”, afirma a Enel.

Com informações de Estadão Conteúdo (Eduardo Laguna e Renata Okumura).
Imagem: Werther Santana/Estadão Conteúdo

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