A fragilidade do intraempreendedorismo e da inovação nas grandes empresas

A fragilidade do intraempreendedorismo e da inovação nas grandes empresas

Inovação é a palavra de ordem em muitas empresas. Mas, de fato, como estão dando importância para esta área? Quais estratégias estão seguindo? Quanto estão, de fato, investindo nisso? No fim do dia, o quanto isso importa para o futuro das empresas? Eu tenho me perguntado essas e outras questões ultimamente.

Na Startadora, minha empresa, temos uma definição simples para inovação: é resolver problemas antigos (ou conhecidos) de uma forma nova. Usando metodologias, dados concretos, pesquisa, tecnologia e criatividade para criar soluções relevantes.

Antes de continuar, eu tenho um convite: eu quero conversar com você. Ao terminar de ler este artigo, quero receber um e-mail seu ou mensagem no meu Linkedin. Eu quero saber o que tem incomodado você em sua empresa, emprego ou startup sobre o tema inovação. No fim, quero saber se estou sozinho nesses pensamentos. Mas continuando…

O que mais tenho visto são eventos, artigos, livros e um monte de conteúdo voando por aí sobre inovação. Todo mundo tem uma opinião sobre o assunto, e claramente eu também – tanto que estou escrevendo aqui.

Quem está realmente ligando para isso? Quem está vendo inovação como algo estratégico e de longo prazo?

Pense algumas coisas comigo:

Pense um pouco antes de continuar. Eu espero. Reflita mais um pouco sobre os tópicos acima antes de ler o resto do artigo. Pensou? Caiu alguma ficha ou você concordou com alguma coisa acima? Então continue…

Temos empresas que procuram minha empresa para que possamos ajudar em suas demandas de inovação. Eu gosto muito do que faço, não duvide. Fico feliz por sermos procurados para ajudar em diversos desafios de inovação e empreendedorismo. Só que normalmente somos procurados para questões pontuais de inovação que, sozinhas, não vão conseguir trazer grande impacto. E nem é por falta de capacidade das pessoas da área de inovação, é que o resto da empresa impede que elas trabalhem de forma a trazer melhorias contínuas.

Daí, vou propor algo para você que trabalha com inovação ou que quer começar a trazer inovação para sua empresa. Comece de dentro! Antes de querer buscar soluções inovadoras fora, comece a inovar dentro. Começando a desatar os nós e burocracias que impedem sua empresa de ser reconhecida como inovadora.

Falta a criação de um processo de aceleração da inovação. Algo constante, que vá crescendo e contaminando as demais áreas da empresa. Falta criar um plano de ação. Com entregas rápidas, experimentos constantes e mensuração contínua dos resultados e aprendizados alcançados.

Foi a conclusão a que eu cheguei: o maior problema está em não olhar para dentro da empresa. E olhar com calma, com disposição, com estratégia, com metodologia, com espaço para aprender e errar. Tudo isto antes de olhar para fora. Se os seus colaboradores não enxergam sua empresa como ambiente que permite inovação, acha mesmo que o público, as startups, aceleradoras e demais vão ver algo genuíno sobre inovação?

Para ajudar nestas questões, tenho uma proposta para você começar a fazer na sua empresa.

Por fim, pense e me responda: como sua empresa pode ser 10% menos burocrática e 10% mais inovadora até o fim do ano? E o que está te incomodando neste processo?

Até breve!

Vinícius Machado é embaixador e palestrante da Campus Party
Imagem: Envato/Arte/Mercado&Consumo

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