O indicador de vendas do varejo para o trimestre agosto – outubro deve recuar 0,49%. No conceito de varejo ampliado, no qual se incluem veículos e material de construção, o volume de vendas deve permanecer inalterado devido à expansão prevista de 1,78% para o primeiro segmento. Os dados são do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com a escola de negócios da entidade, a FIA Business School.
No caso do segmento material de construção, também é esperada retração das vendas (-0,53%). Além disso, indicador Ibevar e FIA projeta queda nas vendas de artigos de uso pessoal (-1,76%) e de livros, jornais e revistas (-10,53%).
Para os demais segmentos – produtos farmacêuticos, produtos alimentares, supermercados, combustíveis e material de escritório -, a projeção é de estabilidade das vendas, ou seja, crescimento nulo no período agosto – outubro de 2024.
Como afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, “o cenário geral das vendas de varejo no Brasil em 2024 até o momento tem sido misto, com momentos de alta e baixa. Três são as razões que explicam esse quadro: inflação ainda elevada, pressionando o poder de compra dos consumidores; altas nas taxas de juros, dificultando o acesso ao crédito; e incertezas econômicas e políticas, afetando a confiança dos consumidores”.
Inadimplência deve ficar em 5,48% em agosto
De acordo com a projeção elaborada pelo Ibevar e FIA Business School, a taxa de inadimplência (recursos livres) deve ficar entre 5,20% e 5,77%, com média estimada 5,48% para agosto de 2024, o que implica em uma queda de 0,04 ponto percentual (p.p.) em relação ao valor real de junho de 2024 (último valor divulgado) e de 0,02 p.p. em relação ao valor estimado para julho de 2024.
Considerando-se a queda de atrasos (recursos livres) observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,48%) e o limite inferior (5,20%) do intervalo estimado, para o mês de agosto de 2024.
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