O Walmart está vendendo uma participação majoritária na rede de supermercados japonesa Seiyu para a firma de investimentos KKR.N e a empresa de comércio eletrônico Rakuten por mais de US$ 1 bilhão, após anos de luta para ganhar dinheiro em meio a dificuldades concorrência.
O negócio, que avalia a Seiyu em 172,5 bilhões de ienes (US$ 1,65 bilhão), ocorre após especulações sobre a possibilidade de a gigante do varejo dos EUA sair do Japão. Está bem abaixo dos 300-500 bilhões de ienes que supostamente buscava alguns anos atrás.
A KKR vai comprar 65% da Seiyu, enquanto a Rakuten, que já tem um empreendimento online com a rede, vai adquirir uma participação de 20%. O Walmart reterá 15%, disseram as empresas em um comunicado conjunto nesta segunda-feira (16).
O maior varejista do mundo entrou pela primeira vez no mercado japonês em 2002, ao comprar uma participação de 6% na Seiyu, e gradualmente aumentou sua participação antes de uma aquisição total em 2008. Ela tem lutado no Japão, como outros concorrentes, como Tesco e Carrefour, que foram atraídos pelo alto poder de compra dos consumidores japoneses, mas foram frustrados pela concorrência acirrada.
Alguns analistas disseram que o Walmart, embora não tenha conseguido ganhar muito dinheiro no Japão, se saiu melhor do que outros varejistas estrangeiros, considerando que salvou a Seiyu da falência, cortando custos e melhorando as vendas de marcas privadas.
“O Walmart sempre teve dificuldades, porque eles tinham que dar uma volta no negócio e também precisavam aumentar o volume para realmente ter uma participação viável no mercado japonês e a única maneira de fazer isso era por meio de mais aquisições, o que não era disposto a gastar dinheiro”, disse Roy Larke, especialista na indústria de varejo do Japão na JapaneseConsuming.
O Walmart disse que espera uma perda não monetária de cerca de US$ 2 bilhões após os impostos em seu quarto trimestre fiscal devido à venda.
Imagem: Reprodução