A cada ano que passa a sociedade vai ficando mais desenvolvida. E esse desenvolvimento vem acontecendo cada dia mais rápido. Se antigamente uma novidade disruptiva demorava décadas para acontecer e hoje ela demora alguns anos, futuramente demorará apenas meses, semanas ou dias.
A hiperautomação se encaixa perfeitamente neste exemplo. “Se formos pensar na história da humanidade, estamos constantemente evoluindo. Desde lá de trás, o que a gente vem fazendo é criando condições melhores para continuarmos habitando este ambiente. E os bots estão aqui para isso”, garante Ana Cabral, cofundadora da Baruk Automação Inteligente, empresa que oferece serviços e soluções em automação de processos para empresas.
Ana participou da Campus Party 2022 e destrinchou o tema dos ‘bots’, trazendo uma visão assertiva de como a hiperautomação já auxilia e vai continuar ajudando a sociedade nos próximos anos.
“Os robôs aumentam a produtividade do mercado de uma maneira grandiosa, já que eles fazem tudo aquilo que fazemos, mas de uma maneira muito mais rápida. Um dos grandes cases da Baruk é ter conseguido reduzir determinada operação de uma seguradora de 15 dias para três minutos”, conta Ana.
Preparação necessária
“É importante que a gente entenda que essa automação não é só uma tendência. Isso já está presente. Estamos diante de um competidor muito difícil de superar. E precisamos entender e assimilar isso”, alerta Ana.
“Não podemos tratar os robôs como malvados por tirarem empregos dos seres humanos. Afinal eles estão melhorando a vida de todos. Os bots vão nos liberar de um trabalho que vai nos exaurindo e tirando nossa capacidade de evoluir como seres humanos. Nossa criatividade. Nossas emoções”, completa.
É necessária também uma grande preparação dos governos e da sociedade para cuidar de quem pode acabar tendo menos oportunidades de trabalho por essa grande evolução que está por vir. “Os países civilizados já compreenderam este cenário e já estão falando de renda básica universal. É importante falarmos isso aqui também, principalmente porque temos uma baixa escolaridade no Brasil. E o impacto de uma tecnologia como essa por aqui é ainda maior”, alerta Ana.
“Se a gente está preocupado em fazer uma revolução não só no mundo, mas no nosso país, precisamos garantir que todos terão condições de passar por isso. E passar por isso significa ter renda básica universal”, completa.
Melhorando a vida das pessoas
“Se eu tiver um robô fazendo parte do meu trabalho durante a manhã eu posso ter uma melhor qualidade de vida. Hoje em dia a medicina está evoluindo demais nessa parte de automação. Cirurgias absurdamente precisas são feitas por robôs, diminuindo a chance de erro. A educação pode chegar em qualquer parte do planeta pela internet. Carros automatizados, caminhões automatizados. Robôs cuidando e dando atenção para idosos. Posso passar o dia todo aqui citando exemplos de como a vida das pessoas pode melhorar com o auxílio da hiperautomação”, brinca Ana.
“A possibilidade de criarmos um futuro em que nós tenhamos uma melhor qualidade de vida é muito grande. Resta saber se vamos conseguir aproveitá-la”, finaliza.
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