O PagBank (ex-PagSeguro) registrou lucro líquido recorrente de R$ 440 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 7% em um ano e de 6% em um trimestre, de acordo com números divulgados nesta quinta-feira, 16. Pelo critério contábil, o resultado da companhia foi de R$ 411 milhões, um crescimento de 8% em um ano.
Sob ambos os critérios, o lucro do PagBank foi o maior da história. A companhia afirma que o resultado foi fruto de uma melhor dinâmica na operação de adquirência, com crescimento do volume capturado pelas maquininhas. Também houve contribuições da queda dos juros, que reduziu a despesa financeira, e da queda das provisões contra a inadimplência da carteira de crédito da operação bancária.
O diretor de Relações com Investidores, ESG, Inteligência de Mercado e Pesquisa Macroeconômica do PagBank, Eric Oliveira, afirma que a redução da despesa financeira, da ordem de R$ 100 milhões em um ano, foi a primeira em base anual desde 2021.
“Os juros mais baixos afetam a dinâmica de diversos setores. O aumento dos depósitos também contribui para essa desaceleração, esse decréscimo da despesa financeira”, diz ele. Como tem licença bancária, o PagBank consegue utilizar os depósitos dos clientes para conceder crédito. Os depósitos chegaram a R$ 21,6 bilhões no trimestre, alta de 11% em um ano.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização da companhia (Ebitda) encerrou o trimestre em R$ 894 milhões, um crescimento de 16% em um ano, e de 5% em um trimestre.
A receita líquida atingiu R$ 4 bilhões, volume estável no comparativo anual. A estabilidade reflete o impacto do teto da tarifa de intercâmbio dos cartões pré-pagos, que entrou em vigor em abril, sobre as receitas de serviços bancários. Este fator foi compensado pela maior receita com maquininhas.
As despesas operacionais do PagBank somaram R$ 583 milhões no terceiro trimestre deste ano. O número é 5% menor que o do mesmo trimestre do ano passado, e 1% mais baixo que o do segundo trimestre deste ano.
O volume total de transações (TPV, na sigla em inglês) processadas pela companhia atingiu R$ 244 bilhões no trimestre, crescimento de 25% em um ano, e de 10% em um trimestre. Destes, R$ 99,8 bilhões foram processados no negócio de adquirência, crescimento de 11% em um ano, de 8% em um trimestre.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
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