As vendas de Natal nos shoppings devem ter uma alta nominal de 4% neste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com estimativa divulgada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Ao todo, o setor deve movimentar R$ 5,5 bilhões entre os dias 19 e 25 de dezembro. Para este Natal, os produtos com mais procura, segundo a pesquisa, são artigos de perfumaria e cosméticos, vestuário, calçados, eletrônicos, brinquedos, joalheria e itens esportivos.
A projeção indica para um crescimento das vendas abaixo da inflação, que deve avançar mais do que 5% no acumulado de 2022, de acordo com o último Boletim Focus, do Banco Central.
A Abrasce também espera que o tíquete médio das vendas nos shoppings neste ano fique na faixa de R$ 188, patamar praticamente igual ao de três anos atrás, o que sinaliza o poder de compra mais comprimido da população.
Ainda assim, a pesquisa da associação afirmou que, para 87% dos shoppings, as expectativas são positivas para o Natal deste ano.
Em relação ao fluxo de visitantes, 79% dos shoppings acreditam que a movimentação será 8% superior em comparação à de 2021. Para incentivar o aumento do fluxo de visitantes, 83% dos shoppings funcionarão em horário estendido. Nesse caso, a maioria terá abertura 1 hora antes e/ou fechamento 1 hora depois do expediente normal.
A pesquisa mostrou ainda que 67% dos shoppings disseram que investirão mais em decoração, ação promocional e divulgação para movimentar a data. O aumento médio dos investimentos é da ordem de 17%.
Diante do aumento na frequência de visitantes ao longo do ano, a Abrasce estima um aumento de 11% no quadro de funcionários dos shoppings para o quarto trimestre, com a contratação de 112 mil trabalhadores temporários, um incremento de 14% sobre igual intervalo do ano passado.
Na avaliação do presidente da Abrasce, Glauco Humai, a expectativa de desempenho das vendas neste Natal está positiva, com perspectiva de um crescimento sobre 2021 e retomada aos patamares de 2019.
“No âmbito geral, o cenário ainda é restritivo ao consumo, considerando os preços de bens elevados, aumento dos juros e incertezas com o cenário econômico para o próximo governo”, comentou, em nota enviada à reportagem. “No caso dos shoppings, contudo, estamos tendo uma recuperação contínua, voltando aos patamares do período do pré-pandemia e contamos com uma previsão de fechamento do ano que deve atingir ou superar o faturamento de 2019, o maior da história do setor”, ponderou.
Entre janeiro e outubro, o setor acumula um crescimento de 25,6% sobre igual intervalo do ano passado, mostrando uma recuperação mais robusta até aqui.
Com informações de Estadão Conteúdo (Circe Bonatelli).
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